Governos de Minas e Espírito Santo firmam parceria para desenvolvimento dos estados

Propostas contam com o apoio da bancada mineira e capixaba em Brasília e dever ser apresentada ao presidente em breve

Os governos de Minas Gerais e Espírito Santo apresentaram na manhã da última segunda-feira (17) um plano estratégico na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). A parceria entre os dois estados é para o desenvolvimento econômico e industrial. Em solenidade, os representantes do governo dos dois estados afirmaram que o plano estratégico inclui infraestrutura e logística, negócios de óleo e gás, desenvolvimento do Vale do Rio Doce e segurança jurídica em transações interestaduais.

Com um investimento de R$ 56,5 bilhões, a expectativa é de que isso gere um retorno de R$ 169,5 bilhões em todo o país. Em Minas, o saldo dos investimentos pode aumentar o número de empregos. Segundo o plano, devem ser geradas 47 mil vagas.

Os projetos contemplados no pacto firmado entre os estados são de relevância para ambos e vão contar com o alinhamento das bancadas de Minas e Espírito Santo no Governo Federal. Os projetos serão encaminhados ao presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e ao ministro da infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, em breve.

“Minas, Espírito Santo e o Brasil estão abertos para projetos com parceria com o setor privado. São projetos que vão gerar empregos, que vão trazer desenvolvimento social”, disse o governador sobre os investimentos a serem feitos nos projetos.

Segundo Zema, entre as prioridades a serem realizadas está a duplicação das BRs 381 e 262 que fazem a ligação entre os dois estados. A proposta é que o Governo Federal assuma o compromisso de construção de pontes e viadutos para retificar trechos e elevar a velocidade para 80 km/h.

“Essa estrada une os dois estados da forma como nós sempre sonhamos. Vai fazer com que os capixabas e os mineiros possam sair do litoral e vir para Belo Horizonte em uma velocidade de 70 KM/h”, disse o governador em coletiva.

Com um investimento que deve chegar a mais de R$ 9 bilhões, os dois estados parceiros ainda querem a finalização das intervenções que já são realizadas para duplicação em Minas e dos 7 km interrompidos no Espírito Santo.

Saneamento do Rio Doce

A principal bacia hidrográfica entre os dois estados, o Rio Doce, segundo o estudo, é altamente afetado pelo despejo de esgotos. O levantamento ainda mostra que o Rio perdeu a maior parte de sua vazão.

Por isso, a proposta é a elaboração de um Plano Estratégico de Desenvolvimento da Bacia do Rio Doce detalhando as vocações de cada município, os projetos e os recursos necessários ao seu desenvolvimento. Entre as propostas está uma hidrovia. “É uma área importante que a gente tem que recuperar a floresta, investir em saneamento, já que o setor produtivo tem uma alternativa, a sociedade tem outra para o desenvolvimento daquela região”, comentou o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

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