Aportes devem somar R$ 150 mi
Está oficializada a concessão do Estádio Jornalista Felipe Drummond – mais conhecido como Mineirinho -, na região da Pampulha, à iniciativa privada. Representantes do consórcio DMDL/Progen e do Governo de Minas, assinaram ontem o contrato que prevê a cessão do ginásio por 35 anos. Os investimentos neste período podem ser superiores a R$ 150 milhões e contemplam, além da revitalização e modernização do equipamento, a construção de área de restaurantes, hotel, centro comercial e espaço para eventos culturais e shows.
Os próximos 60 dias serão dedicados à transição entre o Executivo estadual e a empresa, que também administra o Estádio do Pacaembu, em São Paulo, e o Centro de Convenções de Teresina, no Piauí. Já as obras terão início no primeiro semestre do ano que vem e serão entregues em fases, em vistas de aproveitar ao máximo o potencial de atração de eventos e negócios para o Mineirinho. Apesar disso, segundo Eduardo Barella, da Progen, a vocação esportiva será mantida.
“Deveremos ter de três a quatro fases realizadas em 24 meses. Queremos aprovar os projetos o quanto antes para iniciar as obras em 2023. Vamos começar por um dos pontos considerados mais críticos, que é a área de banheiros, e também pela Feira do Mineirinho, tão tradicional e cujas conversas estão bastante avançadas, além da infraestrutura para trazer eventos e shows, que é uma demanda que já começa a chegar para a administração de forma intensa”, revela.
Concessão prevê manutenção da quadra, nome e fachada
Quanto ao esporte propriamente, Barella garante que além da manutenção da quadra, que é prevista no contrato, há um estudo para um potencial aumento de capacidade do ginásio em 25% ou 3 mil lugares. A DMDL/Progen também é obrigada a manter o nome e a fachada do ginásio. De acordo com ele, também já existe uma movimentação relativa a jogos bastante significativa e o consórcio deseja que o segmento permaneça relevante para o equipamento.
O executivo também detalha que para o lado de fora a aposta será a gastronomia, com a criação de áreas de restaurantes, alimentação e serviços tanto para o lado da Lagoa da Pampulha quanto para a avenida das Palmeiras. Já internamente, os trabalhos serão realizados em vistas de aproveitar os nove níveis de edificação.
“Esses espaços contarão com foyer de entrada, ginásio com capacidade aumentada, área de hospedagem, restaurantes e área de apoio e logística. A parte da hotelaria é um diferencial, pois contribui para atrair a população que pode permanecer no próprio local. Algo que já existe mundo afora e também estamos propondo no projeto do Pacaembu. O Mineirinho está bem localizado, na Pampulha, próximo da Universidade Federal. A opção funcionará como uma curiosidade e versatilidade somada à hospitalidade do mineiro. São essas experiências que queremos trazer para o Mineirinho”, explica.
O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, lembra que a DMDL venceu a licitação da modalidade concorrência internacional, em maio, com lance de R$ 103 mil. E que dos mais de R$ 150 milhões a serem investidos, R$ 41 milhões deverão ser destinados à reforma do imóvel, que vai ocorrer nos dois primeiros anos de concessão. Além disso, o Estado deixará de gastar R$ 2 milhões por ano com manutenção. Mas o governo vai continuar sendo proprietário do ginásio.
“Teremos agora o período de transição e queremos que o vencedor use de sua criatividade e capacidade de relacionamento com o mercado para ampliar o uso do equipamento. Como eles são obrigados a investir um valor mínimo, precisam gerar receitas. O interesse é convergente, pois também temos a outorga variável de 2% a 5%, gerando imposto e bem-estar para a população”, ressalta.
As informações são do Diário do Comércio.
Crédito: Cristiano Machado/Imprensa MG