Governo de Minas anuncia a instalação de alarmes contra intrusão em bens culturais

Sistema de segurança eletrônico será implantado em 57 edificações do estado

Mais segurança e proteção ao patrimônio cultural e preservação de inestimável acervo de bens históricos que fazem parte da memória de diversas comunidades mineiras. Com esse objetivo, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), anunciou, nessa terça-feira (17), a instalação de sistema eletrônico de alarme contra intrusão em 57 bens culturais protegidos ou de interesse de preservação pelo Estado. O valor do contrato é na ordem de R$ 320 mil, com vigência de 36 meses.

O serviço inclui a locação de equipamentos, instalação, monitoramento remoto 24 horas e manutenção preventiva e corretiva com reposição de peças. A instalação dos alarmes em todas as edificações contempladas será feita em igrejas, capelas, museus e casarões espalhados por 26 municípios mineiros. O prazo para a execução do trabalho é de seis meses, a partir da assinatura do contrato.

Felipe Pires, presidente do Iepha-MG, salientou que a implantação dos sistemas de alarme irá garantir que a polícia e as comunidades locais tomem conhecimento, rapidamente, de qualquer tentativa de intrusão em edificações que possuem bens móveis de alto valor histórico, facilitando ações protetivas. “Através desse instrumento, o Iepha-MG amplia seu papel na proteção e preservação do patrimônio cultural de Minas Gerais. A instalação dos alarmes em edifícios tombados ou de interesse cultural do Estado reforça a segurança contra intrusão e furto dos bens móveis e, assim, há mais tranquilidade também para as comunidades”, disse.

“Esta ação é muito importante, e precisamos ter esse olhar apurado para a proteção do patrimônio, considerando que estas peças têm grande valor no mercado clandestino e Minas Gerais abriga 62% do patrimônio histórico do país”, destacou Maurício Canguçu, subsecretário de Cultura da Secult.

Legado protegido

O projeto foi viabilizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e contou com o patrocínio da Cemig. O investimento total da empresa em ações de proteção junto ao Iepha será de R$1,4 milhão.

“A Cemig é maior incentivadora de cultura de Minas Gerais e o patrimônio é um dos pilares importantes do nosso trabalho. Investir no patrimônio é investir na preservação da cultura, para garantir acesso no presente e também para as gerações futuras, afirmou Christie Meira Cunha, gerente de Comunicação e Marketing da Cemig.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) é parceiro da Secult e do Iepha-MG em diversas ações de proteção do patrimônio, e participou do anúncio feito nesta terça, em Belo Horizonte. Para Marcelo Maffra, promotor de Justiça e coordenador de Patrimônio Cultural do MPMG, os órgãos públicos têm “uma grande responsabilidade em proteger esse patrimônio, porque mais da metade dos bens culturais mineiros se perderam ao longo dos 300 anos de história. A principal causa são crimes de furto e receptação de bens culturais, por isso, o MPMG, junto com o Iepha, vem trabalhando na prevenção, para impedir que esses artigos tão significativos para a memória do estado sejam roubados”.

A lista completa com todas as cidades contempladas está disponível no site da Secult e do Iepha-MG.

 

 

Por: Secult

Foto: Reprodução/Pixabay

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