“Governar o Estado não é para amadores”, afirma Anastasia em encontro com prefeitos mineiros

Fotos: Hugo Cordeiro
Fotos: Hugo Cordeiro

Mais de 300 prefeitos se reuniram, em Belo Horizonte, para o painel organizado pela Associação Mineira dos Municípios (AMM), nessa terça-feira (22), em Belo Horizonte, para que os candidatos que disputam o governo de Minas pudessem apresentar suas propostas em favor dos municípios que tanto têm sofrido com a falta de repasses por parte do Estado. Aplaudido por centenas de lideranças, o candidato pela Coligação Reconstruir Minas, Antonio Anastasia, reafirmou que para tirar Minas da crise é preciso ouvir e conhecer de perto a realidade dos municípios, foi enfático ao dizer que esse trabalho exige experiência e conhecimento e assumiu o compromisso de regularizar as transferências de recursos para os Municípios. O candidato Romeu Zema (Novo), que estava em Uberlândia, não compareceu alegando atraso de agenda.

“Sempre pulsou em mim a alma municipalista. O governador não governa sozinho em nenhuma hipótese. Ao contrário, ele precisa de uma equipe, ele precisa estar em sintonia com a sociedade civil, com as lideranças empresariais, com os trabalhadores, com os servidores públicos, mas de modo muito especial, eu nunca vi um governador ser exitoso em sua gestão estando ele em conflito ou afastado dos prefeitos municipais. Jamais. Tudo isso forma esse grande conjunto que é governar o Estado. E governar o Estado não é para amadores, eu digo isso”, exclamou.

Anastasia destacou que em sua época à frente do Executivo, trabalhou pelos municípios, especialmente os pequenos, e que sempre teve grande preocupação de levar melhorias para permitir alternativas e qualidade de vida para quem mora lá, melhorias na saúde, na educação, empregos, na segurança pública, na telefonia, nas estradas, entre outros. “Agora pretendo retornar ao governo para, de fato, ajudar, juntamente com os municípios, a resgatar Minas Gerais da crise que estamos”.

Quanto à dívida do Estado com os municípios, Anastasia garantiu que tomando posse, no dia 1° de janeiro, seu governo regularizará o fluxo dos repasses obrigatórios. “Não vamos reter mais a partir de janeiro. Vai sobrar à dívida para trás, é verdade, uma dívida alta. Essa dívida dificilmente poderá ser quitada no primeiro momento. Mas nós vamos sentar, eu como governador, se eleito, com a equipe econômica do governo e com os prefeitos. Cada qual vai ter, de maneira transparente, o valor do seu crédito, quanto tem a receber, e nós vamos começar a negociar. O mais importante é que o fluxo seja restabelecido para que isso não se transforme em um pesadelo”, garantiu.

“As propostas de meu adversário são, de fato, completamente fora da realidade. Não só de Minas, mas do Brasil. Porque o seu partido tem uma visão ultra liberal, fora da realidade. Talvez na Suíça, um país riquíssimo, pode ser que funcione. Vocês prefeitos são os primeiros a reconhecer as dificuldades que temos na saúde, na educação, na habitação, no saneamento, não podemos dizer que o poder público não existe. Quer dizer que o poder público vai fechar os olhos porque todos nascem iguais? Isso não é possível para a realidade brasileira. É um mundo utópico de milionários que não existe na nossa realidade”, alertou.

O presidente da AMM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, ressaltou que o encontro foi essencial para que os prefeitos possam avaliar quem realmente tem compromisso com as 853 prefeituras de Minas e salientou que a justificativa dada pelo candidato do Novo para não comparecer ao debate demonstra que ele tem outras prioridades em detrimento dos municípios. “Essa semana é muito importante para o nosso futuro. O outro candidato não veio, mas o professor Anastasia veio, se mostrou firme e coerente com as propostas e ainda assumiu compromissos importantes com os municípios”, destacou.

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