A cena de uma gerente de uma loja de roupas sendo conduzida pela Polícia Militar na manhã desta terça-feira (12), inflamou ainda mais o clima no comércio de Guaxupé, onde estabelecimentos considerados não essenciais devem permanecer fechados. Rafaela Luize da Silva, de 29 ano, foi conduzida por dois Policiais Militares por desobediência aos militares, depois que a loja onde trabalha descumpriu as determinações do decreto nº2.236. O decreto prevê que lojas como a que a gerente trabalha permaneçam fechadas durante o decreto, que está em vigor até o dia 18 de janeiro.
A situação aconteceu por volta das 10h e foi transmitida ao vivo nas redes sociais. Populares e outros comerciantes que acompanharam o fato criticaram a postura da PM e da Prefeitura de Guaxupé.
“A loja estava com a porta aberta e sem cliente. Primeiro veio um carro com fiscal que disse que a loja estava sendo autuada e seria cassado o alvará. Depois veio mais um carro e a GCM e chamaram a Polícia Militar”, contou Rafaela. Segundo a gerente, a loja recebeu notificação no sábado (09), quando começou a valer o decreto, e uma segunda notificação nesta terça-feira (12). Mas, de acordo com a prefeitura, o estabelecimento recebeu um total de cinco autuações por descumprimento de decretos da covid.
Ainda segundo a gerente, depois de receber a visita dos fiscais, ela teria fechado a porta blindex da loja e parte da porta de metal. “Quando a loja estava fechada tentaram forçar a entrada e estragaram a porta”, contou a jovem, que não soube responder se a entrada foi forçada pela PM ou pelos fiscais da prefeitura.
Com a chegada da PM, ela chegou a mostrar que a porta da loja foi danificada, e em seguida foi conduzida por PMs para prestar esclarecimentos.
“Nós não queremos nunca, agir com truculência. Nós temos pedido a colaboração. Pedimos sábado e pedimos segunda. Nós fomos cinco vezes na loja Império (do Jeans). Eles estavam com a porta aberta e o som ligado em frente á prefeitura. Você sabe o quê é isso? É você falar o seguinte “eu não te obedeço”. Nós não queremos agir com truculência. (…) Pedimos para ligar para o proprietário, que é de São João da Boa Vista e a ordem é ‘ não vai ser obedecido’. A GCM chamou a polícia, porque não é função da GCM e PM foi fazer o boletim de ocorrência. (…) Nós não queremos que isso aconteça mais, mas por favor, nós estamos no meio de um decreto e uma loja colocar uma caixa de som na porta fazendo promoções. Existe limite para tudo”, disse o vice-prefeito, Rodrigo Borges, em entrevista à Magaiver TV.
Decreto
Desde o sábado (09) o comércio não essencial está proibido de atender o público presencialmente. As normas do que é, ou não, considerado essencial, está no protocolo do Programa Minas Consciente. O mesmo programa regrediu toda a microrregião de saúde de Guaxupé para Onda Vermelha no último sábado (09), até o dia 16 de janeiro.
De acordo com o decreto de quarentena, a multa para o estabelecimento que descumprir é de R$483,84 ( primeira infração) a R$4.999,68 (segunda infração). Após a terceira infração, o alvará do estabelecimento é cassado e um novo alvará será emitido somente depois de 45 dias.
Ainda de acordo com o decreto, autuações feitas em decretos relacionados à covid anteriormente, também serão contados para reincidência.
O Portal da Cidade Guaxupé tentou contato, por telefone, com o proprietário da loja, mas não fomos atendidos.
A PM informou que deve emitir nota sobre o assunto ainda nesta terça-feira (12).
Fonte: Portal da Cidade de Guaxupé
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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro