Gazeta do Triângulo: vítimas de violência doméstica receberão centro de apoio

Centro de Apoio a Mulher Vítima de Violência Doméstica será inaugurado em março, no município de Araguari

A violência é algo recorrente para muitas mulheres brasileiras. Ela pode acontecer de diferentes modos e dimensões, desde o assédio moral até o feminicídio. Essa questão é tão grave, que recentes conquistas legais, como a Lei do Feminicídio, de 2015, mostram a peculiaridade desse tipo de violência.

De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013 o Brasil ficou na quinta colocação, em um ranking composto pelos 83 países com maior de número de homicídios contra mulheres. São 4,8 homicídios por 100 mil mulheres, onde aproximadamente 30% dos casos acontecem nos domicílios. Além de tudo isso, uma pesquisa do DataSenado (2013) apontou que uma em cada cinco brasileiras revelou já ter sofrido violência doméstica e familiar ocasionada por algum homem.

Pensando em uma maneira de combater a violência doméstica no município, a Prefeitura de Araguari, criou o Centro de Apoio Municipal a Mulher Vítima de Violência Doméstica – CAMM-VD. O projeto tem como objetivo assegurar a proteção da mulher e defender os direitos que não foram cumpridos.

O CAMM será uma associação qualificada como Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS e contará com uma equipe multidisciplinar, composta pelos seguintes profissionais: coordenador, assistente social, psicólogo, advogado, pedagogo e auxiliar administrativo.

A inauguração do Centro de Apoio Municipal a Mulher Vítima de Violência Doméstica está prevista para o dia 8 de março, data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher.

O CAMM-VD também deverá propor medidas individuais e coletivas para prevenção à violência doméstica contra mulheres em virtude de sua condição sexual biológica; determinar convênios e incentivar a rede de prevenção e combate à violência doméstica; encaminhar a vítima da violência para atendimentos em outros órgãos; manter estatísticas sobre violência doméstica contra a mulher e identificar bairros com maior índice; prestar ajuda à Vara Criminal e Promotoria Criminal que atuem na área da violência doméstica; ministrar palestras para prevenção à violência doméstica; manter contato com a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica e à Delegacia Especializada de Proteção à Mulher para assegurar os direitos da vítima; estimular o funcionamento da Rede Municipal de Prevenção e Combate à Violência Doméstica; acompanhar as vítimas com Medida Protetiva Judicial deferida; fazer busca ativa de possíveis vítimas de violência, podendo contar com o serviço de técnicos jurídicos ou técnicos sociais, de nível médio, para realizarem o levantamento prévio; fazer a mediação ou a conciliação, quando for cabível; encaminhar o agressor para eventual atendimento, no caso de identificar que existe problema de alcoolemia, drogadito ou mental.

“Criamos essa ferramenta, devido ao aumento da violência doméstica contra a mulher. O Centro de Apoio Municipal a Mulher Vítima de Violência Doméstica irá funcionar na travessa 7 de Setembro, próximo a Igreja Matriz Senhor Bom Jesus da Cana Verde. O espaço é voltado para a escuta especializada, tanto da vítima, quanto do agressor e irá atender até as 20 horas” declarou o secretário de Trabalho e Ação Social, Paulo Apóstolo da Silva.

As informações são da Gazeta do Triângulo, associado da Amirt.

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