Gaeco deflagra operação contra exploração sexual em Uberlândia

Uma organização criminosa é responsável pelo monopólio da exploração sexual na cidade

Nesta segunda-feira (8), o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação “Libertas” contra uma organização criminosa em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Segundo as informações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o grupo é investigado por exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.

Ainda de acordo com as investigações, a organização criminosa explora uma grande rede de prostituição de travestis e transexuais. Os suspeitos ainda financiam procedimentos estéticos clandestinos e de forma ilegal.

Foto: divulgação/Gaeco

“Outro ponto de destaque das apurações foi a verificação da exploração financeira desses travestis e transexuais por meio da implantação de silicone industrial, prática criminosa e altamente perigosa, realizada em locais inapropriados e por pessoas absolutamente inabilitadas, existindo também suspeitas de mortes que ocorreram em decorrência desses procedimentos ilegais capitaneados pelo grupo investigado”, apontou o MPMG por meio de nota.

Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. A ação contou com a participação de 60 policiais militares da Nona Região da Polícia Militar de Minas Gerais (9ª RPM) e da 18ª Promotoria de Justiça da cidade.

A ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp (PP), e mais duas pessoas foram presas. Vale lembrar que Vopl foi condenada, em 2014, em primeira instância de tráfico internacional de mulheres transexuais e travestis do Brasil para Europa.

Porém, a acusação foi dada como indevida em 2018, após a defesa da ex-vereadora apresentar recurso impetrado. Na ocasião, o mandato foi cassado na Câmara Municipal de Uberlândia.

Foto: divulgação/Gaeco

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