Pensando em paralisar o déficit previdenciário e fazer com que os Estados e municípios voltem a ter bons investimentos para alavancar o potencial de crescimento do país, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), lançou nesta semana uma campanha a favor da Reforma da Previdência.
A federação acredita que negligenciar o problema previdenciário atual pode levar o Brasil a uma situação de contração prolongada da atividade econômica, que será ainda mais grave em Minas Gerais.
De acordo com Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, a aprovação da Reforma da Previdência, o mais rápido possível, é a sinalização que investidores brasileiros e de todo o mundo esperam para voltar a escolher o Brasil e aqui implantar seus projetos que geram riqueza para o país e empregos”, explica.
O presidente da Federação ainda explica que com menos dinheiro entrando nos cofres, o Estado precisa tomar recursos dos cidadãos e das empresas. Para ele, a aprovação da reforma vai trazer um avanço sobre o bolso da população e das companhias, criando uma das maiores cargas tributárias do mundo e tornando-se maior do que a própria sociedade a quem deveria servir.
Vale ressaltar que aproximadamente a metade do déficit atuarial é referente aos regimes previdenciários do funcionalismo público. Economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), estimam em 75% do PIB brasileiro o déficit atual dos regimes previdenciários estaduais. No âmbito federal, o déficit atuarial da previdência de funcionários públicos é de 12% do PIB e nos municípios esse percentual chega a 20% do PIB do país.
Sem a reforma
Sem a Reforma da Previdência, o Brasil, cuja população envelhece numa velocidade inédita para o país, terá que comprimir despesas com saúde e educação ou aumentar impostos para pagar aposentadorias e pensões.