Feti nomeia homem com diversas acusações criminais, inclusive de cunho sexual

Repercute de forma negativa e gera preocupação a nomeação de novo assessor da Fundação de Ensino Técnico Intensivo “Dr. René Bassam” (Feti). Denúncia recebida pelo programa JM News 2ª Edição aponta que o homem tem diversas passagens pela polícia. Ao News, a fundação afirmou que irá apurar a questão e acrescentou que não tinha conhecimento sobre os boletins de ocorrência no nome dele. 

A reportagem apurou a questão e levantou os Registros de Eventos e Defesa Social (Reds), os documentos mostram que há denúncias de perseguição sexual, ameaça de morte, agressão e entre outras. O decreto de nomeação do agora assessor saiu no porta-voz, no dia 20 de abril, e foi assinado pela prefeita Elisa Araújo e pela presidente da Feti, Cássia Cristina Silva.

A apuração  do News 2ª também levantou a informação de que ele trabalhou na Guarda Municipal e pediu exoneração do cargo em julho de 2013. O motivo da saída seria a realização de um curso para entrar na Polícia Civil (PC), porém, o homem não tomou posse porque a foi barrado no exame de análise social que indicava o mau comportamento. Após a negativa da PC em garanti-lo à vaga, o agora assessor ingressou no Tribunal de Justiça de Minas Gerais com mandado de segurança.

Na quinta-feira (29), em contato com a presidente da Feti, Cássia Cristina afirmou que não tinha conhecimento das ocorrências relatadas, pois a documentação entregue pelo servidor não apresentava nenhuma improcedência. 

“No momento em que a gente pediu a nomeação desse servidor, nós recebemos algumas boas indicações no nome dele. Nós seguimos a normativa 005 da SAD, que é para administração direta, mas que nós seguimos por excesso de zelo e por entender que pode nos direcionar melhor nas nomeações. Lá nós pedimos o atestado de antecedentes criminais da Polícia Civil. Quando ele apresentou toda a documentação estava correta, então eu não tinha conhecimento desses boletins de ocorrência e dessas denúncias” afirmou.

Ainda conforme Cássia, referente ao que será feito com relação às denúncias, a situação será apurada e a instituição dará uma chance ao servidor de se defender e tentar entender tudo que aconteceu para depois tomar alguma providência cabível sobre o caso.

A presidente ainda afirma que cada perfil do candidato à vaga é criteriosamente examinado para haver a contratação. “Analisamos o currículo, a experiência, se essa pessoa tem ampla capacidade de atuar aqui com a gente e também levando em consideração a atividade fim que é a preparação desses jovens para o mercado de trabalho” informa. 

Este é o segundo caso no ano de 2021 em que um servidor tem ocorrências de alto grau. O primeiro caso aconteceu em março deste anos quando um médico cardiologista condenado por estupro a 7 anos de prisão em regime semiaberto voltou a trabalhar em um posto de saúde da Prefeitura de Uberaba. O médico, que havia sido preso em outubro de 2020, deixou a penitenciária de Uberaba em fevereiro deste ano e voltou às atividades normalmente.

A reportagem acionou a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Uberaba, nesta sexta-feira (30), para atualizar a situação e aguarda retorno. 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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