Fernanda Montenegro é eleita para a Academia Brasileira de Letras

A primeira-dama da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro, é agora uma imortal da Academia Brasileira de Letras

O nome da atriz foi confirmado em eleição nessa quinta-feira (4), na sede da ABL. Candidata única à cadeira de número 17, que era de Affonso Arinos de Mello Franco, morto em março de 2020, Fernanda Montenegro recebeu 32 votos dos 35 votos.

O presidente da Academia, Marco Lucchesi, afirmou que Fernanda Montenegro é um dos grandes ícones da cultura brasileira e que sua presença enriquece os laços profundos da ABL com as artes cênicas.

Pelas redes sociais, Fernanda Montenegro agradeceu a oportunidade e afirmou que vê a Academia como um espaço de resistência cultural, que abrigou e abriga representantes que honram a diversidade da criatividade brasileira em várias áreas.

A atriz que completou 92 anos em 16 de outubro, nasceu no Rio de Janeiro em 1929. De acordo com o projeto Memória Globo, Fernanda Montenegro pisou em um palco, pela primeira vez, aos oito anos de idade para participar de uma peça na igreja. Mas sua estreia oficial no teatro ocorreu em 1950, ao lado do marido Fernando Torres.

Desde então, acumula uma extensa lista de personagens memoráveis no teatro, no cinema e na televisão. Recebeu diversos prêmios e comendas nacionais e internacionais. Foi a única atriz do país a concorrer ao Oscar, por sua atuação no longa Central do Brasil. Não chegou a levar a estatueta, mas sua interpretação da escritora de cartas Dora lhe rendeu o Urso de Prata do Festival de Berlim.

Em 1999, Fernanda Montenegro foi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, maior comenda que um brasileiro pode receber da Presidência da República, “pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras”.

As informações são da Radioagência Nacional.

 

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