Fábio: Ídolo ou banana?

Na tarde desta quinta-feira, 16/01, o goleiro Fábio concedeu entrevista coletiva na Toca da Raposa e garantiu que permanecerá no Cruzeiro para a temporada de 2020.

Muitos sabem da história do arqueiro celeste, mas é bom refrescar a memória com uma retrospectiva de Fábio:

Fábio é um dos principais atletas na história do Cruzeiro. Contratado pelo time mineiro em 2005, o goleiro é o jogador com mais partidas de todos os tempos do clube, com 871 jogos, e conquistou 11 títulos pela equipe.

Contra números não há argumentos. Será mesmo? Será que somente as atuações dentro do retângulo verde definem o patamar de um jogador?

Não tenho dúvidas da relevância e importância de Fábio para o Cruzeiro e para mais de 9 milhões de torcedores, mas será que não faltou atitude e postura agressiva do goleiro mediante a tantas falcatruas explícitas no ano de 2019?

É notório que o perfil de Fábio não é do opinativo, do enérgico e nem do que cobra publicamente quando algo não lhe agrada, mas omissão também é pecado e nisso convenhamos, Fábio e os demais jogadores foram mestres ano passado.

Com a história vitoriosa e espetacular de Fábio, bastaria meia dúzia de palavras de cobrança e pulso firme contra a antiga diretoria. Com essas palavras, o mundo azul pararia. A torcida cruzeirense sempre exigente, teria enxergado as pilantragens mais cedo e iniciaria seus protestos. A imprensa mineira que também foi omissa, se veria na obrigação de ser mais investigativa, e noticiaria os desmandos e irregularidades da gestão passada.

Quem tem o apreço e carinho de milhões de pessoas, também carrega com ela, mesmo que de forma abstrata, a espada e o escudo, para defender sempre os interesses em comum do clube que faz parte significativa da vida dela e de tantas pessoas. Faltou palavras de ordem e de acusações de Fábio, contra a diretoria e contra alguns jogadores que não tiveram o mesmo comprometimento que ele. Faltou a Fábio ser o protetor da camisa azul estrelada e informar com veemência que algo estava muito errado.

Mas parece, que após a catástrofe, o ano de 2020 será diferente na vida de Fábio e do Cruzeiro. Após o “FICO” de Fábio, o goleiro já se mostrou mais enérgico em suas palavras, apontou alguns erros e destacou que esse ano tem que ser tudo diferente:

“O rebaixamento era uma tragédia anunciada em que os poderes estavam nos lugares errados. O que a gente podia fazer para que o Cruzeiro saísse daquela situação, a gente fez”.

Na minha humilde opinião, nem Fábio e nem nenhum jogador, fizeram o que realmente deveria ter sido feito para evitar o pior momento da história grandiosa azul.

E para você, cruzeirense, Fábio foi “banana”?

 

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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