Exportações e safra recorde de grãos marcam ano do agronegócio mineiro

Ao longo de 2022, setor também enfrentou desafios como a alta dos custos e problemas climáticos

O desempenho do agronegócio de Minas Gerais, por mais um ano, foi considerado positivo pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). Além de atingir recorde nas exportações entre janeiro e outubro, movimentando quase USS 13 bilhões, alta de 49%, o setor também se destacou pela safra recorde de grãos.

Ao longo do ano, também foram enfrentados desafios como a alta dos custos e problemas climáticos. Para 2023, as expectativas são positivas e o setor seguirá trabalhando por resultados ainda mais favoráveis.

De acordo com o presidente do Sistema Faemg, Antônio Pitangui de Salvo, apesar dos desafios, neste exercício, o setor manteve o crescimento e continou garantindo a segurança alimentar.

“O ano, mesmo com todas as dificuldades, foi positivo para o setor agropecuário, principalmente, na parte primária. Conseguimos atingir um novo recorde nas exportações. Isso significa que nossa produção é grande e consegue abastecer o mercado interno e exportar para muitos outros países”, exemplificou.

Conforme balanço da Faemg, a produção de grãos chegou a um total de 16,73 milhões de toneladas na safra 2021/22, volume 9% maior que na anterior. Entre os destaques estão a soja e o milho. Para a próxima temporada, a previsão é alcançar 18,37 milhões de toneladas.

Café tem ano desafiador

Principal produto do agronegócio de Minas, o café teve um ano desafiador, enfrentando seca, geadas e granizo. Com isso, a produção caiu 36% e encerrou a safra em 22 milhões de sacas.

“O café enfrentou muitos problemas climáticos. Houve déficit hídrico no Sul de Minas, maior região produtora, e no Cerrado. Os cafezais também foram afetados pelo granizo. Isto impactará a safra 2023. Estamos atentos porque a atividade, principalmente, nas Matas de Minas e no Sul, emprega muita mão de obra”, completou Salvo.

Pecuária – Situação complicada também na pecuária de leite, onde os custos avançaram 75% e os preços apenas 25%. Um dos principais desafios enfrentados pelo produtor é entregar o leite e após cerca de 30 a 45 dias saber quanto irá receber pelo produto, o que impede o planejamento.

“Estamos trabalhando para que o produtor tenha, pelo menos, uma previsibilidade de preços a receber. O que vai permitir que ele planeje o mês. Isso, vem ocorrendo com o Conseleite, que reúne representantes da indústria e produção”.

As informações são do Diário do Comércio.

Foto: Giulia Simmons.

Pesquisar