Estudiosos alertam para a possibilidade de extinção das abelhas

Quando alguém fala em abelhas, pensamos logo no mel que elas produzem. E não é para menos, esse alimento é consumido há pelo menos 10 mil anos.

Muita coisa evoluiu desde essa época, principalmente o modo de extração desse alimento natural e muito nutritivo.

No ano passado foram mais de 51 mil kg de mel produzidos no país e a exportação chegou a passar de US$ 100 milhões.

Hoje em dia, os subprodutos da abelha como o própolis, o pólen e a cera, também aquecem o mercado, principalmente com a exportação.

No ano passado, a Nova Zelândia foi a maior fornecedora de mel no mundo, com 16,88% do total produzido. O Brasil ficou em sexto lugar nesse ranking.

Mas vamos falar sobre as verdadeiras produtoras: as abelhas. Em todo o mundo, existem mais de 20 mil espécies e o Brasil abriga 3 mil delas.

Mas uma grande preocupação dos estudiosos sobre o assunto é a possibilidade de extinção desses insetos. Existem diversos estudos pelo mundo que falam sobre a síndrome do Colapso das Colônias que é o desaparecimento repentino de abelhas em colônias.

A pesquisadora, Fábia Pereira, que trabalha na Embrapa do Piauí, explica que há uma combinação de fatores como, uma doença nas próprias abelhas, estresse provocado pelas grandes viagens das abelhas em busca de outras plantas, quando elas estão em monoculturas e o uso incorreto de defensivos químicos.

As abelhas vêm sofrendo com o uso em grande escala de agrotóxicos. O que pode gerar um fenômeno de desvio nas rotas feitas por elas em plantações, como conta a pesquisadora.

O biólogo e professor Osmar Malaspina destaca que as abelhas são fundamentais para o meio ambiente e ele faz um apelo para a preservação desse inseto e para que o mundo não fique sem o zumbido delas.

A vida das abelhas é crucial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas. Elas são responsáveis pelo aumento da produtividade agrícola como frutas, legumes e grãos .

Segundo a Embrapa, elas são responsáveis por 90% da polinização de flores e 75% das plantações de alimentos.

As informações são da Radioagência Nacional. 

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