Estabelecimentos que vendem cigarros deverão seguir novas regras

Uma das determinações é que os maços de cigarro fiquem distantes dos produtos destinados ao consumo do público infantojuvenil, como balas e chocolates

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, determinou que os estabelecimentos do Brasil não podem expor cigarros próximos a produtos destinados ao consumo do público infantojuvenil, como balas e chocolates. Os comerciantes terão um prazo de até dois anos para se adequarem a estas determinações.

De acordo com a nova regra, também fica proibido usar recursos de marketing, como cores e sons, que chamem a atenção para as vitrines onde os cigarros serão oferecidos.

Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, o intuito da medida é que não ocorra o consumo precoce de cigarro, seja por crianças ou adolescentes.

“Esta regulamentação vem separar bem para que não haja nenhum estímulo a esta experimentação precoce do cigarro.”

O comerciante Ricardo Reis terá que mudar a forma como os cigarros estão organizados na banca, mas aprova as novas regras.

“Vai impedir o interesse de novos fumantes, adolescentes também, vamos ter que adaptar, mas a gente adapta sim.”

O texto proíbe ainda o condicionamento da venda de produtos para fumar, como cinzeiros ou isqueiros, à compra de tabaco ou derivados, além da comercialização, pela internet, de produtos fumígenos e a distribuição de brindes ou amostras grátis.

A resolução também modifica as mensagens de advertência colocadas nos pontos de vendas sobre os riscos dos derivados de tabaco. Agora, os cartazes deverão ser maiores e as mensagens, mais diretas. Países como Austrália, Canadá, Inglaterra e Islândia já seguem estas restrições.

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