Até 30 de maio, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estará realizando uma pesquisa on-line com o objetivo de avaliar a saúde mental da população brasileira no contexto pandêmico da Covid-19. A intenção é observar a incidência de sintomas de ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, uso de álcool e de psicofármacos.
“Temos como hipótese a maior prevalência destes quadros em profissionais de saúde, grupos de risco e com testagem positiva para Covid-19”, explica a professora do Departamento de Psicologia da UFJF, Fabiane Rossi dos Santos. “Uma vez observada prevalência significativa destes transtornos espera-se que estes dados possam contribuir para a elaboração de políticas públicas de saúde mental a serem conduzidas pós-pandemia.”
Segundo a especialista, há uma necessidade por dados nacionais que reflitam a saúde mental da população durante a pandemia, por tratar-se de “uma experiência única que, sem dúvidas, irá repercutir em nossa forma de enfrentar as adversidades”. Após a finalização da coleta de dados, os resultados devem ser publicados e comparados a estudos similares realizados em outros países que já estão vivenciando a pandemia antes do Brasil e podem servir como referência para a elaboração de estratégias preventivas e de tratamento das condições observadas.
A equipe pede a colaboração da população para que responda à pesquisa, através do formulário disponível no link. Desde seu início, em 12 de maio, o projeto já conta com mais de 2.500 participações de todo o país.
Além de Fabiane, a pesquisa é coordenada pela professora Laisa Marcorela Andreoli, também do Departamento de Psicologia, e pela psicóloga Priscilla Aparecida de Aquino, do Serviço de Psicologia do HU da UFJF. O trabalho conta também com participação do aluno do Curso de Psicologia Leonardo de Melo Guedes. Para outras informações sobre a pesquisa, basta acessar o Facebook do Núcleo Interdisciplinar de Investigação em Psicossomática, Saúde e Organizações (Nuipso).
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora