Juiz de Fora: Escolas estaduais realizam matrículas da primeira chamada

A rede estadual de ensino começou a realizar, nessa segunda-feira (20), a matrícula presencial dos alunos cujos responsávels realizaram a pré-matrícula on-line. Essa etapa do processo é voltada para discentes que estão ingressando em escolas do Estado; que tenham pedido transferência de instituição; e ainda para aqueles que desejam retornar aos estudos. A primeira chamada foi publicada no site da Secretaria de Estado de Educação (SEE) no sábado (18). A segunda chamada está prevista para o dia 2 de fevereiro. A mudança da matrícula para a versão on-line chegou com alguns problemas para os estabelecimentos de ensino e para as famílias, especialmente as que estão nas zonas rurais, locais em que o acesso à internet ainda é dificultado.

De acordo com o coordenador geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE subsede Juiz de Fora), Alessandro Furtado Pacheco, as escolas rurais foram as que sentiram mais dificuldades. “Os diretores reclamaram de não ter acesso ao número total de estudantes matriculados na instituição. Com a matrícula presencial, as próprias escolas faziam esse controle. No fim do ano, elas já sabiam quantos alunos e quantas turmas teriam no ano seguinte e distribuíam as vagas a partir desses dados.”

Agora, esses alunos indicam três escolas no ato da inscrição e o Estado avalia critérios como proximidade da residência do estudante, se há irmãos matriculados no mesmo local, a idade e a disponibilidade de vagas, de acordo com a resolução 4.253/2019. “Algumas escolas perderam turmas, outras perderam professores, outros vão estar com cargos com menos horas. Não houve benefícios para a comunidade escolar com essa nova forma”, salienta Alessandro. Ele orienta que as famílias que se sentiram prejudicadas com o processo ou que tiveram algum problema na matrícula, façam contato com o Sind-UTE.

Por meio de nota, a SEE informou que, na primeira chamada, 99% dos alunos foram alocados em uma das três primeiras opções de escola informadas na pré-matrícula, sendo que 80% desses estudantes foram encaminhados para a primeira ou para a segunda opção de sua escolha. A secretaria afirma que as dúvidas e questionamentos pontuais de algumas famílias são explicadas caso a caso. Ainda segundo a pasta, “os laboratórios de informática das escolas estaduais de todas as cidades mineiras ficaram abertos para que a comunidade que precisasse pudesse utilizar os computadores”, visto que todo o processo de realização da pré-matrícula foi realizado via internet.

Movimento tranquilo nas instituições do Centro

No Instituto Estadual de Educação (Escola Normal), localizado no Centro, foram percebidos alguns problemas ao longo da transição, mas a expectativa é de que as dificuldades sejam sanadas. “Ainda faltam algumas informações. Temos dúvidas e, muitas vezes, não temos a quem recorrer por perto, porque Belo Horizonte centraliza tudo. Em alguns momentos, tivemos dificuldades para acessar o sistema. Na última semana não estava funcionando. Acreditamos que quando o processo estiver fechado, esse problemas não ocorrerão mais”, explicou a auxiliar técnica em educação básica, Renata Stigert.

Neusa Aparecida Furtado França Barros, 53 anos, aguardava na fila para saber se tinha conseguido a vaga para o Magistério. Ela está ansiosa para voltar a estudar no curso normal e relatou dificuldades no acesso ao site. Foi na Escola Normal que ela recebeu a orientação de aguardar a segunda chamada. “Toda vez que (a gente) acessa, não sabe onde tem que ir. Quando vai acessar, volta ao mesmo lugar, tem hora que fica indisponível. Agora estou aguardando. Estou com muita esperança e muito ansiosa, porque quero fazer o curso há muito tempo. Não vejo a hora de voltarem as aulas. Voltar a estudar depois de tanto tempo vai ser muito bom”.

Na Escola Estadual Delfim Moreira, também na região central, o movimento era tranquilo nesta segunda-feira. De acordo com a diretora Letícia Botelho Natalino, foram verificados poucos problemas, relacionados a sobrecarga no site e a indisponibilidade em alguns momentos, algo que ela avalia como normal em um processo de transição. “A matrícula no ambiente on-line não foi ruim. As fichas já saem todas prontas. Talvez por ser a primeira vez, pode ter apresentado mais questões. Mas acredito que essas situações possam ser ajustadas com tranquilidade para o ano que vem.”

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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