Escola e família trabalham juntas pelo Atendimento Educacional Especializado

Parceria traz resultados positivos. Atualmente, mais de 48 mil estudantes com deficiência são atendidos na rede estadual de ensino

Isabel Buonincontro é mãe de Heitor Buonincontro Bertoni, que é autista. Depois de seu filho iniciar os estudos em uma escola municipal e ter uma experiência ruim em uma instituição privada, ela decidiu, então, matriculá-lo em uma escola estadual e foi justamente lá que encontrou o apoio de que precisava.

Hoje, Heitor é aluno do 2º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Duque de Caxias, em Belo Horizonte, e já demonstra evolução no aprendizado. “Estou gostando muito da escola. O Heitor deu uma desenvolvida muito grande e estou muito satisfeita com as professoras. Sou o tipo de mãe que ofereço parceria para a escola e a Duque de Caxias se mostrou aberta em fazer essa parceria comigo. Isso foi essencial e é o que eu acredito com relação à inclusão”, conta Isabel.

Histórias como essa são frequentes na rede estadual de ensino mineira e importantes de serem lembradas nesta data em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro.

De acordo com dados do Sistema Mineiro de Administração Escolar (Simade), atualmente, a rede estadual de ensino conta com 48.228 estudantes com deficiência – seja física, auditiva, visual ou intelectual -, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e altas habilidade/superdotação.

A diretora da E.E. Duque de Caxias, Maria Eliza Resende, também acredita que o sucesso no aprendizado tem relação com a parceria entre escola e família. “Essa integração é imprescindível para que a escola possa atender da melhor forma as especificidades daquele aluno”, destaca. Na escola, seis alunos contam com Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Atendimento na rede estadual

Para garantir aos estudantes a permanência e qualidade em seu processo educativo, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE) oferece o Atendimento Educacional Especializado em salas de recursos que visam à complementação do atendimento educacional comum, no contraturno das aulas. Além disso, na perspectiva da inclusão, a rede disponibiliza, a partir da demanda apresentada de cada aluno, o professor de Apoio à Comunicação, Linguagem e Tecnologias Assistivas que oferece apoio pedagógico ao processo de escolarização do aluno com disfunção neuromotora grave, deficiência múltipla e (ou) transtornos globais do desenvolvimento.

Para o AEE, a rede estadual conta com 11.283 professores de apoio, 30 guia-intérpretes, 570 intérpretes de Libras e 1.587 professores de sala de recursos.

Experiência compartilhada

Na E.E.Hugo Werneck, também em Belo Horizonte, foi realizada uma semana inteira de atividades para tratar do tema inclusão. Um projeto idealizado pelas professoras de apoio deu oportunidade a alunos e comunidade escolar de participarem das atividades, que foram feitas de forma interdisciplinar.

“Os professores participaram de uma palestra sobre inclusão e foram montadas salas sensoriais, que possibilitaram que os participantes pudessem vivenciar alguns aspectos do dia a dia da pessoa com necessidades especiais – táteis, auditivas e olfativas. Foi importante para que eles pudessem observar que as diferenças existem e que precisamos respeitar”, afirma a diretora da escola, Estefânia Sipoli Ferrarezi Carneiro. Na escola, 11 crianças são assistidas na inclusão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar