Equipamentos culturais e ambientais permanecerão fechados em Juiz de Fora

Mesmo após a permissão pelo Governo de Minas Gerais na última terça-feira (8), os equipamentos naturais e culturais do Município de Juiz de Fora não serão autorizados a reabrir as portas. A decisão foi tomada, nesta quinta-feira (10), em reunião ordinária, pelo Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19. Apesar de a reabertura de equipamentos como o Parque da Lajinha e o Parque do Museu Mariano Procópio estar na pauta do colegiado há algumas semanas, os representantes estão temerosos quanto à flexibilização, uma vez que as consequências de aglomerações do feriado de 7 de setembro ainda são desconhecidas pela rede hospitalar pública e privada do Município. A reabertura de parques e unidades culturais será reavaliada na próxima quinta-feira (17). A única concessão do comitê foi aos restaurantes: assim como os bares, os estabelecimentos poderão, a partir de sábado (12), funcionar das 10h às 22h, durante todos os dias da semana.

Conforme discutido na reunião, a reabertura imediata de museus, galerias, bibliotecas, parques e unidades de conservação demandaria um esforço operacional das autoridades públicas considerado inviável em um primeiro momento, como, por exemplo, o deslocamento de maior efetivo de profissionais para controlar o fluxo de pessoas. Além disso, a liberação de estruturas como o Jardim Botânico e o anel viário, ambos sob administração da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), passaria ainda por uma avaliação interna, no Conselho Superior (Consu), o órgão máximo de deliberação da instituição. Como os cidadãos aproveitaram o feriado de 7 de setembro para sair às ruas, principalmente para bares e viagens, há um temor quanto às implicações no sistema de saúde, que devem ser conhecidas em até 15 dias.

Até esta quinta, conforme avaliação do Comitê Extraordinário Covid-19 do Governo de Minas, apenas as macrorregiões Norte e Triângulo do Sul são classificadas na “onda verde” do Minas Consciente, ou seja, têm indicadores epidemiológicos satisfatórios para a retomada de serviços não essenciais com alto risco de contágio. Na última terça-feira, então, o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes) readequou o posicionamento de atividades econômicas como as culturais e os parques estaduais no âmbito do programa. Antes permitidas apenas às macrorregiões categorizadas na onda verde, a reabertura de museus, galerias, bibliotecas, parques e unidades de conservação fora estendida àqueles municípios enquadrados na onda amarela, como Juiz de Fora.

De acordo com o novo protocolo, os museus, as galerias e as bibliotecas – “patrimônio cultural de forma geral” – deverão exigir aos visitantes a utilização de máscaras e álcool em gel 70%; respeitar a limitação de 50% da capacidade do atrativo; respeitar o distanciamento mínimo de dois metros; limitar a presença de uma pessoa por dez metros quadrados; utilizar, no máximo, apenas um terço do estacionamento; e reavaliar as condições em um ciclo de 21 dias para quaisquer ampliações da capacidade. Em relação às unidades de conservação, especialmente parques estaduais, as restrições são as mesmas, adicionado ainda o veto à realização de encontros, eventos, palestras e seminários.

Comitê adia avanço para onda verde

Embora Juiz de Fora, bem como a Macrorregião Sudeste, estejam categorizados na onda amarela, o Governo de Minas sinalizou que o Município, especificamente, poderia avançar para a onda verde do programa diante dos atuais índices epidemiológicos. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta, são 176 vítimas fatais já registradas, além de 5.181 casos confirmados e outros 18.722 suspeitos.

O mesmo raciocínio quanto ao feriado de 7 de setembro levou o colegiado a decidir pela permanência na atual onda. Contudo, a medida também deve ser reavaliada na próxima reunião. No próximo sábado, um novo decreto será publicado no Diário Oficial Eletrônico do Município para brecar quaisquer avanços de Juiz de Fora tanto no que diz respeito a mudança de categoria no Minas Consciente quanto à reabertura de equipamentos culturais e ambientais, uma vez que as medidas do programa estadual entram em vigor automaticamente na cidade.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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