Em Minas Gerais, Alexandre Silveira abre reunião do G20 focado na discussão da dimensão social da transição energética

Encontro com representantes das 20 maiores economias do mundo acontece, em Belo Horizonte (MG), até quarta-feira (29/05)

Foto: Ricardo Botelho

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abriu, nesta segunda-feira (27), os trabalhos da terceira reunião do Grupo de Trabalho sobre Transições Energéticas do G20. Silveira destacou que é necessário entender a transição energética como novo modelo de desenvolvimento social e econômico.

O foco deste encontro, que acontece em Belo Horizonte (MG), até a próxima quarta-feira (29), é o aprofundamento das discussões sobre a dimensão social na transição energética global. O ministro enfatizou que a transição energética não pode ser entendida apenas como um processo de substituição tecnológico. “O Brasil e o mundo precisam garantir que ela seja um novo modelo de desenvolvimento econômico e social”.

Segundo o ministro, falar em transição energética é essencial para garantirmos um futuro mais sustentável e resiliente para nosso país e para o mundo e que a energia será um grande fator de convergência entre os países.

“Para que ninguém fique para trás, precisamos efetivamente colocar as pessoas no centro do desenho de políticas públicas relacionadas à transição energética. Precisamos estruturar formas efetivas de combater a pobreza energética, e pensar em mecanismos que reduzam os custos das novas tecnologias e garantam o acesso por todas as camadas da população”, destacou Alexandre Silveira.

O ministro destacou ainda que os países do G20 precisam mitigar os impactos negativos causados por projetos de energia, incluindo os de tecnologias limpas, e de mineração, ampliando os benefícios e as contrapartidas sociais para as comunidades afetadas.

“Por orientação do presidente Lula, construímos uma agenda ambiciosa de entregas, orientada a ações, mas com um olhar especial para os dilemas e desafios que afetam principalmente as economias emergentes e os países em desenvolvimento”, detalhou o ministro de Minas e Energia.

Minas Gerais
Alexandre Silveira explicou também que Minas Gerais foi escolhida para sediar a terceira reunião do GT Transições Energéticas por o estado ser o maior produtor de energia fotovoltaica do Brasil. O estado possui os sete maiores complexos de geração de energia solar no país. Além disso, Minas é maior produtor mineral brasileiro e possui grande riqueza nos minerais estratégicos para transição energética, como o lítio do Vale do Jequitinhonha.

“Minas Gerais, que leva a sua riqueza mineral em seu nome, será fundamental nos minerais estratégicos para a transição energética. Nosso estado também possui a maior capacidade de geração de energia solar do Brasil. Temos água, solo, clima e muitas oportunidades. seguindo a orientação do presidente Lula, estamos trabalhando para aproveitar todo esse potencial, desenvolvendo políticas públicas que incentivem a geração de energia limpa, gerem empregos e renda para população.

G20 no Brasil
A presidência do Brasil no G20 tem como objetivo apontar ao mundo os desafios que precisam ser enfrentados para que essas transações se deem de forma justa, inclusiva e equilibrada. No GT, coordenado pelo MME, o objetivo de compartilhar informações e promover uma ação política coordenada para acelerar e ampliar os benefícios da transição energética para todo o mundo.

Uma das prioridades do Brasil, como presidente do G20, é a inclusão social e o combate à fome e à pobreza. “O tema energia está diretamente ligado ao desenvolvimento, tanto social quanto econômico”, finalizou Silveira para os participantes e convidados do G20. 

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