Em busca de apoio popular, Zema grava vídeo falando sobre a importância da desestatização

Um dos assuntos que mais têm gerado polêmica entre o Executivo e o Legislativo mineiro foi discutido pelo governador em seu informativo semanal divulgado no YouTube e destinado às emissoras de rádio e TV, na última quinta-feira (25). Nesta semana, Romeu Zema abordou a desestatização no seu “Bate Papo com o Governador”.

A venda de empresas mineiras como Cemig e Copasa faz parte das exigências do Plano de Recuperação Fiscal encaminhado aos deputados no início deste mês.

Apesar de o plano exigir a desestatização das empresas, na primeira parte do projeto encaminhado para aprovação dos parlamentares, o governo indicou incialmente a venda apenas da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

No discurso, Zema afirma que seu governo pretende sim vender as empresas públicas. Esta era, inclusive, uma de suas promessas de campanha. “É importante lembrar que estas empresas já foram importantíssimas para o desenvolvimento de Minas e para o Brasil no passado.

Segundo o governador, na época em que as estatais eram boas para o desenvolvimento do país e do estado, o Brasil vivia uma economia rural, que dependia somente da atividade agrícola e pecuária. “Não era um país com o desenvolvimento que tem hoje”, disse.

Ainda fazendo alusão ao passado, Zema afirmou que à época, o governo tinha dinheiro para realizar investimentos. “Criou uma série de empresas que foram úteis, mas hoje a situação é completamente diferente. A população envelheceu, o governo precisa pagar muitas aposentadorias, dar saúde para a população.

Na fala o governador ainda comenta que além de as estatais deixarem de receber investimentos do governo, elas foram saqueadas. “No caso de Minas Gerais, muitas cidades, muitos empreendimentos tem dificuldade de se conectar a energia elétrica ou ter saneamento porque as empresas ao invés de reinvestir o resultado foram saqueadas pelo último governo”, comentou.

A venda das estatais tem gerado bastante polêmica entre os parlamentares. Muitos acreditam que as empresas ainda são importantes para Minas Gerias.

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda afirmou que a venda destas empresas vai ser difícil já que as pessoas tem um sentimento de pertencimento com elas, principalmente com a Cemig.

Um levantamento realizado pela própria AMM e divulgado neste mês apontou que 47,7% dos entrevistados é contra a venda da Cemig, e outros são a favor 36,2%. Sobre a venda da Copasa, a maior parte também é contra. O levantamento mostrou que 45,9% é contra e 37,4% é a favor.

O estudo foi feito em 227 municípios mineiros e ouviu 1.500 pessoas a partir de um cadastro telefônico da MDA Pesquisa.

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