Elevado custo e equipamentos “sumidos” impedem abertura do Restaurante Popular em Uberaba

 

Foto/Jairo Chagas


Prefeita Elisa Araújo e a secretária de Desenvolvimento Social, Giscele Gomes, visitaram o imóvel onde foi construído o Restaurante Popular em Uberaba, na avenida Nelson Freire

Prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) esteve nesta manhã no imóvel construído para ser o Restaurante Popular, na avenida Nelson Freire. À reportagem do Jornal da Manhã, a chefe do Executivo pontuou que o “elefante branco” herdado pela administração não abriu as portas ainda principalmente pelo elevado custo de sua operação.

A questão do Restaurante Popular em Uberaba iniciou-se em 2010, quando foi firmado convênio entre os governos municipal e federal. À época, foi repassada verba de R$2 milhões para a instalação do projeto, que seria inicialmente na praça Rui Barbosa, com a finalidade de oferecer alimentação às pessoas em vulnerabilidade social. Nesse sentido, qualquer que seja a destinação dada ao imóvel, esse será o caminho a ser seguido. “O Ministério da Cidadania reforça que, por qualquer caminho que a gente vá, precisamos que o objeto do convênio seja cumprido”, esclareceu Giscele Gomes.

O grande entrave ao funcionamento do Restaurante Popular, no entanto, é financeiro. Segundo Elisa, para que ele abra as portas à população, é necessária uma verba que a Prefeitura, atualmente, não dispõe, mesmo reconhecendo tamanha importância do projeto. “O primeiro ponto não é nem burocrático, é financeiro, porque, para a operação do Restaurante Popular, é necessário um dinheiro alto, em torno de quase R$1 milhão por mês, e a Prefeitura deveria, dentro do objeto inicial, bancar com recurso próprio, e isso oneraria bastante os cofres, principalmente considerando o ano de pandemia. Sabemos da importância do Restaurante Popular, principalmente nesse momento de pandemia, com tantas pessoas passando fome, precisando ter acesso ao alimento, por isso a nossa preocupação em encontrar uma solução mais rápida para colocá-lo para funcionar e cumprir o papel social pelo qual ele foi criado, há mais de dez anos”, pontua.

Para resolver essa questão, uma solução apresentada seria a terceirização da operação do Restaurante Popular, que, inclusive, já tem aprovação na Câmara de Uberaba. Também presente na visita da prefeita ao local, o vereador Almir Silva esclarece que há interessados no assunto.

Elisa ainda pondera que o funcionamento do Restaurante Popular em Uberaba enfrenta outro desafio: recuperar equipamentos “sumidos”. “Existem equipamentos que compõem o restaurante que estão guardados em outros lugares, para não correrem o risco de serem furtados, como forma de segurança. Nós mapeamos e ainda tem alguns equipamentos que estamos apurando onde estão”, explica a chefe do Executivo. “Não identificamos onde estão todos e alguns, inclusive, estavam mal-acondicionados”, complementa.

A prefeita ainda deixa claro que, se depender da sua boa vontade política, é possível que, apesar dos pesares, o Restaurante Popular entre em funcionamento ainda este ano. Para isso, no entanto, é preciso terminar o trabalho investigativo que cerca o projeto.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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