Educação política a partir da infância

Wôlmer Ezequiel

Família Cintra foi junta para a votação deste domingo em Ipatinga

A eleição extemporânea de Ipatinga tirou os cidadãos de seus lares logo cedo, no domingo, para a escolha de um novo prefeito. O voto no Brasil é obrigatório desde 1824, instituído pela Constituição e outorgada no mesmo ano. A Constituição Federal de 1988, atual Carta Magna do país, determina a obrigatoriedade do voto eleitoral para todos os cidadãos, exceto para os analfabetos, jovens entre 16 e 17 anos e para os idosos maiores de 70 anos.

Assim, muitas famílias brasileiras criaram o hábito de participarem das eleições de forma conjunta. É o caso da família Cintra, composta pelo dentista Eduardo Kuhlmann Cintra, de 39 anos, Emília Terra Cintra, de 33 anos, e os filhos Gabriel e Davi, de 6 e 2 anos, respectivamente. Mesmo com os filhos ainda crianças, todos compareceram ao local de votação.

Para Eduardo, os filhos devem se acostumar com o processo político. “O Gabriel e o Davi precisam ter esta ideia de que eles são responsáveis pelas escolhas e mudanças que se propõem a fazer. Por isso, eles participam desde sempre para aprender a importância do voto. Acredito que a educação política deve começar na infância”, avalia Eduardo.

Eduardo destaca que aproveitaram o pouco tempo que tiveram para discutir a escolha dos candidatos em casa. “Realmente esta eleição foi muito corrida. Porém, conversamos um pouco sobre as propostas dos candidatos. Nós sabíamos quais candidatos nós não queríamos, alguns que já estão aí e não estão legais. Mas conseguimos dialogar um pouco em casa”, conta.

A mãe, a pedagoga Emília, de 33 anos, deseja melhorias para a cidade onde nasceu e cresceu. “Eu e Eduardo somos praticamente da primeira geração de adultos nascidos em Ipatinga, vimos a transformação da cidade. Estamos desejando mudança para uma cidade melhor, onde nossos filhos irão crescer e se desenvolver”, destaca.

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