Por Globo Esporte/ Globo Minas, associada Amirt
Sentado numa cadeira, com papel e caneta em mãos, ainda com visual de cabelos longos. Há pouco mais de um ano, Hulk soltava as primeiras palavras como jogador do Atlético-MG em um vídeo de anúncio do clube: “Tô chegando, hein?”. Chegou, superou rapidamente as barreiras de um início instável e saltou para a história. Aos 35 anos de idade, sem exagero nenhum, ídolo do Galo.
Os números impressionam: em 69 jogos com a camisa alvinegra, 13 assistências e 37 gols. O último marcado já no último sábado, na estreia na temporada de 2022. Em ritmo de pré-temporada, o camisa 7 sofreu e converteu a penalidade que rendeu o segundo gol da vitória por 3 a 0 sobre o Tombense.
Hulk foi o destaque absoluto da temporada mais vitoriosa da história do Clube Atlético Mineiro. Eleito melhor jogador e artilheiro do Brasileirão, na campanha que fez o Galo voltar ao lugar mais alto do país 50 anos depois. Na competição, foram 19 gols e 7 assistências.
Hulk também dominou as estatísticas da Copa do Brasil. Em 10 jogos pela competição, fez oito gols e ainda distribuiu uma assistência. Novamente, campeão.
Início instável
Parece que já fazem uns 800 dias, mas vale lembrar que o início da trajetória na Cidade do Galo foi cercado de desconfianças. Jogando aberto na ponta direita, e ainda fora da forma física ideal, o atacante chegou a ser criticado. Entrou em rixa pública com o então técnico Cuca, pedindo mais minutos em campo, e ouviu do treinador que a oportunidade seria dada quando tivesse respaldo em campo.
Haja jogos…
Em toda a carreira de sucesso na Europa, nunca Hulk jogou tantas vezes em uma temporada igual 2021. Foram 68 no ano passado, número justificado por dois grandes motivos: o calendário extenso do futebol brasileiro, e a forma física do jogador.
Dos 38 jogos no Brasileirão, por exemplo, Hulk ficou fora de apenas três. Na Copa do Brasil, disputou todas as partidas, mesmo caso da Libertadores da América.
Claro, o fator dentro de campo é o que mais pesa para Hulk ser citado como ídolo. Mas o jogador é mais do que isso. “Um grande ser humano”, como já foi elogiado por várias pessoas de dentro do clube, como o presidente, Sérgio Coelho, e o diretor de futebol, Rodrigo Caetano.
Nos estádios, os gritos de “Hulk, Hulk, Hulk” viraram tendência, tal qual as fantasias do super-herói. Em um ano, Hulk fez muito pelo Galo, e ainda pode fazer muito mais. O atacante tem contrato até o fim de 2022, com possibilidade de renovação automática por mais uma temporada.