Um dos principais meios de comunicação entre as autoridades de segurança pública e a população, o serviço de Disque Denúncia Unificado (DDU) de Minas Gerais completa 11 anos em 2019 com números animadores. De acordo com Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o serviço já foi responsável pelo início de 812 mil investigações ao longo dos anos, uma média de 73.818 por ano e 202 por dia.

A ocorrência mais denunciada pelo 181 é a de tráfico de drogas, que responde por 61% dos casos relatados, com mais de 45 mil casos. Em seguida, estão os registros ligados à atuação do Corpo de Bombeiros (demandas de vistorias e fiscalização, em sua grande maioria). Em terceiro lugar, vêm denúncias de jogos de azar seguida por crimes ambientais.

Outros números mostram as apreensões realizadas a partir de relatos que chegaram ao Disque Denúncia. Entre elas, estão mais de 38 toneladas de drogas, entre cocaína, maconha e crack; 20,9 mil armas de fogo, como fuzis e submetralhadoras. Além das apreensões, o serviço ainda foi o pontapé inicial para 193,7 mil conduções, prisões ou recapturas de criminosos.

A coordenadora do DDU, Flávia Gomes, comemora os resultados e afirma que eles refletem a confiança da população mineira no serviço. “Um dos motivos que leva o cidadão a contribuir com o Disque Denúncia Unificado é a certeza de que sua identidade é preservada. As pessoas estão percebendo que, quando denunciam, as ações policiais dão mais resultados e, com isso, acabam querendo ajudar cada vez mais”, avalia Flávia, ressaltando a importância da participação dos cidadãos para a efetividade do trabalho policial.

Ligações

O número 812 mil corresponde apenas às investigações que foram iniciadas através de denúncias, mas a central de atendimento já recebeu, desde 2008, quando iniciou as atividades, mais de 8,1 milhões de ligações. O número aponta um aproveitamento de cerca de 10% das ligações recebidas. 
Segundo a Secretaria, é bastante comum que as pessoas liguem para o 181 com demandas que não são da alçada do Disque Denúncia, como emergências policiais que devem ser reportadas ao 190. Perguntada sobre o impacto desse tipo de ligação, a Sesp afirmou que o serviço está preparado para receber todas as ligações e encaminhar o solicitante para o canal certo. 

De acordo com o balanço divulgado, o tempo médio que o denunciante espera é 20 segundos. O atendente, então, fornece uma senha e o denunciante pode acompanhar o andamento das investigações. As informações repassadas são registradas e encaminhadas para analistas das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. Esses servidores analisam, classificam e incorporam à denúncia outras informações, quando já existentes em bancos de dados dessas instituições, que também auxiliam na solução de cada caso.