Com investimento de R$ 800 milhões, nova fábrica terá capacidade para suprir a demanda nacional e favorecer o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento
20 anos depois, uma empresa brasileira vai voltar a fabricar no país a insulina, hormônio que ajuda na redução da glicemia no sangue. A produção vai acontecer na região metropolitana de Belo Horizonte, na cidade de Nova Lima e vai atender quase dois milhões de brasileiros.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, exalta o crescimento da política industrial no país. “Para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde que leve os produtos à população, temos que ter política industrial. E isso é o que marca esse conjunto de parcerias. Com a nova estratégia que o presidente Lula lançou em setembro de 2023, nós temos certeza que vamos avançar junto a Biom e tantos outros empreendimentos públicos e privados. Para isso, precisamos fortalecer o Estado e a sua capacidade de políticas públicas.”
A produção da Biom deve atender a demanda das pessoas com diabetes que dependem do hormônio no tratamento. Nosso país tem mais de 15 milhões de pacientes adultos com essa condição, de acordo com o Atlas da Federação Internacional de Diabetes. Isso torna o Brasil um dos países com maior incidência da doença.
O presidente Lula afirmou que não é apenas a inauguração de uma fábrica de insulina, mas sim a consolidação de um sonho. “E quando o Valfrido me fala da Biom, ele me fala isso desde que ele entrou no governo. Ele tinha uma obsessão de criar essa fábrica. E quando ele foi me convidar, eu falei, ‘Valfrido, é o seguinte, você tem que contar essa história. Para que as pessoas que estejam lá, os jornalistas que estejam cobrindo, não tratem esse encontro aqui como apenas a inauguração de uma fábrica de produção de insulina’. Isso aqui é a consolidação de um sonho, de uma vida de amor. E de crença de um ser humano e de vários seres humanos.”
Para a retomada da produção nacional, a fábrica vai ter investimento de 800 milhões de reais. Com isso, o governo espera que a produção seja suficiente para atender o SUS, além de gerar emprego, renda e investimento no país. A nova unidade deve gerar 300 empregos diretos e mais de mil oportunidades indiretas.