Os pacientes na maioria das vezes não seguem as orientações médicas para um melhor tratamento
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Nesta sexta-feira (26), é comemorada o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. O objetivo da data é lembrar que as doenças crônicas podem ser prevenidas ou controladas para que o paciente tenha uma vida de qualidade.
No entanto, é preciso conhecer a doença e tratá-la de forma correta, completa e contínua, ou seja, seguindo as orientações e recomendações médicas.
O cardiologista e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marcelo Sampaio, afirmou que um dos motivos da baixa adesão ao tratamento em relação a doenças cardíacas é a falta de percepção do que é uma doença crônica.
Sampaio ainda disse que a adesão ao tratamento é de acordo com a medida com que o comportamento de um paciente corresponde com as recomendações de um profissional.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que o comprometimento do paciente com o tratamento de longo prazo em países desenvolvidos é em torno de 50%, já em países em desenvolvimento as taxas são ainda menores.
Porém, na maioria das vezes o paciente sente a necessidade de tomar remédio e, por isso, começa a cumprir a orientação médica. Outro problema enfrentado pelos pacientes é acordar cedo para realizar atividades físicas.
Sendo assim, a postura do médico junto com a família é muito importante, e fica mais fácil quando todos que convivem com o paciente se propõem a mudar também para o novo estilo de vida.
Ainda de acordo com a OMS, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 63% das mortes no mundo. Já no Brasil, são a causa de 74% dos óbitos.
Além disso, em alguns casos, os pacientes interrompem o tratamento por conta própria, geralmente por se sentir bem e livre de sintomas. Mas, o cardiologista ressalta que esse comportamento é altamente nocivo para a saúde.
Vale lembrar que as doenças crônicas são aquelas de progressão lenta e longa duração. Geralmente são silenciosas ou assintomáticas, ou seja, sem sintomas. Com isso, podem comprometer a qualidade de vida e até mesmo representar risco para o paciente.
As doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias crônicas, diabetes e doenças metabólicas, além do câncer, estão entre as principais doenças crônicas não transmissíveis.
(com supervisão de Patrícia Marques)