Dia Internacional da Mulher é marcado por superação de limites

Wôlmer Ezequiel Há quatro anos Waldislene começou o processo de emagrecimento e já perdeu 40 kgBruna Lage – RepórterNeste 8 de março, quando é celebrado do Dia Internacional da Mulher, histórias de superação e a luta contra o preconceito são propagadas em diversos canais de comunicação. A batalha pela igualdade de direitos e também pelo fim do preconceito são bandeiras levantadas, mas sem esquecer de celebrar as conquistas. É o caso de Norma Gomes Pereira de Freitas, de 57 anos e de Waldislene Freitas Dias de Melo, de 43 anos. Elas encontraram na corrida o prazer pelo esporte, que será celebrado no evento da Polícia Militar, neste domingo (8), no Parque Ipanema, voltado para o tema e para os 45 anos da corporação. Norma Gomes Pereira de Freitas corre há um ano. A prática esportiva contribuiu para vencer dificuldades e obstáculos, o que a ensinou valores como a superação, confiança e coragem. “A corrida passou a ser um combustível para aliviar dores do corpo e da alma, me devolvendo a vontade de viver e de vencer. O esporte é para mim um antidepressivo natural. Tive esta patologia por cinco anos, fiquei internada por um ano, tomava 11 comprimidos por dia. Fiz terapia, tentei muitas coisas, mas consegui ver resultados quando retornei à prática esportiva. No início só caminhava, não aguentava correr nem 500 metros. Hoje corro 5km”, relata.Nesta data, o anseio de Norma é que as mulheres se conscientizem da importância da prática esportiva para saúde mental e física. “Que elas adotem como prioridade em seu cotidiano e valorizem seu corpo, sua essência feminina como talismã da felicidade, no sentido de encontrar paz e harmonia interior, sem precisar da aprovação do outro. As mulheres ainda têm um longo caminho a percorrer, para atingir a plenitude de direitos dominado pelos homens. Seus maiores desafios são conciliar a carreira com a maternidade. Ainda que de forma tímida, a mulher ocupa seu espaço, mas a sociedade vai levar um tempo para absorver estas mudanças, legitimando sua participação no esporte, independentemente da modalidade”, avalia.Perda de pesoWaldislene Freitas Dias de Melo corre desde 2017 e há um ano e meio integra o grupo “Eu Sou Corredora”, em que as participantes se apoiam e têm histórias de superação para contar. Ela estará no Parque Ipanema, mas não correrá a prova da PM, irá prestigiar as companheiras. A corrida auxilia Waldislene no processo de emagrecimento. Ela já fazia atividade física e, com a perda de peso, descobriu que poderia e conseguiria correr também. “Apesar de o ortopedista me dizer o contrário, em razão de desgaste no joelho esquerdo. Sobre o Dia Internacional da Mulher e as batalhas enfrentadas por todas nós, acredito que tem muita coisa pra mudar, mas o respeito acima de tudo: respeito por nossas escolhas, em nosso trabalho e na rua, principalmente. O mundo é muito machista e esse é um obstáculo que venço todos os dias. Esse evento da PM ajuda a mostrar que a mulher não foi feita só pra cuidar da casa, do marido e dos filhos, mas que ela consegue fazer tudo isso e ainda competir de igual pra igual com o homem”, assegura.Wôlmer Ezequiel A prática esportiva ajudou Norma a sair da depressão Ela acrescenta que a mulher não pode baixar a cabeça diante do primeiro obstáculo, lição que tirou por experiência própria. “Muitos me disseram que eu não iria conseguir, quando há quatro anos eu comecei o meu processo de emagrecimento, muitos riram, quiseram me desanimar, mas eu prossegui e hoje estou com menos 40kg. Ainda não alcancei meu objetivo, mas agradeço a Deus em primeiro lugar, e depois a minha persistência. Pode vir o que for, podem tentar me desanimar, que eu mostro que posso e consigo”, garante.Mensagem As duas atletas compartilham a mesma opinião quando o assunto é o empoderamento feminino. “Penso que ela [mulher] deve ocupar seu espaço, correr atrás do que gosta de fazer. No meu caso é a corrida, é um esporte que eu particularmente achava que não conseguiria nunca. Mas não me deixei abater. Descobri na atividade física que quando queremos, conseguimos chegar ao objetivo”, destacou Waldislene. Norma pede que as mulheres sejam agentes transformadoras da sociedade, que lutem pela falta de segurança e preconceito, exerçam seus direitos e deveres, dentro e fora do espaço esportivo. “Que as mulheres acreditem que podem e que conseguem realizar seus sonhos, deixando um legado para família e para o mundo contemporâneo. Nosso corpo é uma máquina perfeita e que precisa estar constantemente em manutenção para garantia da saúde, qualidade de vida e bem-estar. Além de uma alimentação saudável e mente positiva. Esse é um combo infalível para viver feliz”, conclui.

Postado originalmente por: Diário do Aço

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