Investigações realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais ( PCMG), por meio do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictran), com o objetivo de reprimir o furto e roubo de veículos e receptação de peças, resultaram na localização de um desmanche e prisão de dois homens, no último sábado (29/1), no bairro Nacional, na cidade de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
As investigações apontam que um dos suspeitos, de 50 anos, era o gerente e mentor do esquema criminoso, responsável por organizar núcleos relacionados ao furtos de veículos, gerenciamento da mão de obra especializada no desmanche dos mesmos e posteriormente venda das peças junto à sua rede de receptadores. O outro homem, de 37 anos, era um dos contratados para desmontar os veículos.
Durante coletiva de imprensa, realizada na manhã dessa quarta-feira (2/2), a delegada Gislaine de Oliveira Rios, titular da 2ª Delegacia da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (DEPIFRVA), afirmou que a organização criminosa roubava e furtava veículos na capital e na região metropolitana. Ainda segundo a delegada, o homem, suspeito de ser o articulador do esquema, alugava um galpão e contratava diversas pessoas para realizarem o serviço de desmanche. Muitas de peças eram revendidas também para compradores de outros estados. Os responsáveis por desmanche desmontavam em média um veículo por dia e ganhavam cerca de R$500 por cada um desses serviços.
No galpão, os policiais civis recuperaram 22 veículos desmontados e um veículo inteiro. Todos os automóveis tinham registros de furto, principalmente na RMBH, em datas recentes.
“O grupo é especializado e contumaz na prática de subtrair apenas uma marca e modelo de veículo. Sempre que havia necessidade, o mentor do grupo entrava em contato com as pessoas para que subtraíssem os veículos e, em seguida, eles eram encaminhados diretamente para o galpão do desmanche”, explica a delegada. O imóvel permanecia fechado, com uma placa indicando que futuramente ali seria instalado um estabelecimento comercial, mantendo assim a aparência de que não havia ação ilícita no local.
O chefe da DEPIFRVA, delegado Domiciano Monteiro, acredita em um impacto positivo na redução desse tipo de crime após o desmantelamento do grupo. “Somente nos últimos meses esse grupo criminoso foi responsável por dezenas de furtos na região metropolitana e as investigações desestruturaram toda a rede criminosa, incluindo receptadores, constituindo mais uma ação da Divisão Especializada que mira o topo das estruturas criminosas”, afirma o delegado.
Os suspeitos, que já possuem antecedentes criminais, foram autuados por receptação e associação criminosa. Eles foram encaminhados para o sistema prisional, onde permanecem à disposição da justiça.
