Desemprego teve taxa recorde em 19 Estados e no DF em 2020

Em consequência do choque provocado pela pandemia de covid-19, a taxa de desemprego no País foi recorde no ano de 2020 em 19 Estados e no Distrito Federal, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada desde 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na média nacional, a taxa de desocupação subiu de 11,9% em 2019 para o ápice de 13,5% em 2020, a maior da série iniciada em 2012. A Bahia teve o resultado mais elevado, 19,8%, enquanto a menor taxa ocorreu em Santa Catarina, 6,1%. No Estado de São Paulo, a taxa média de desemprego cresceu de 12,5% em 2019 para um auge de 13,9% em 2020.

As desigualdades no mercado de trabalho se mantiveram acentuadas entre as diferentes regiões do País. A taxa média anual de subutilização da força de trabalho – que mede a proporção de brasileiros em idade de trabalhar que está subutilizada – superou os 40% em Estados nordestinos como Piauí (46,4%), Alagoas (45,1%) e Maranhão (44,9%). A taxa média anual de informalidade foi de quase 60% no Pará (59,6%), Maranhão (59,0%) e Amazonas (57,3%), apesar de a pandemia ter provocado uma perda maior de ocupação entre os trabalhadores informais.

Houve melhora na taxa de desemprego na reta final do ano, com a geração sazonal de vagas característica do período: a taxa de desemprego caiu de 14,6% no terceiro trimestre para 13,9% no quarto trimestre. No entanto, as assimetrias de gênero e cor de pele permaneceram.

A taxa de desemprego entre os brasileiros que se declaram brancos ficou em 11,5% no último trimestre de 2020, significativamente abaixo da taxa de desocupação dos autodeclarados pretos (17,2%) e pardos (15,8%).

“A taxa de desocupação de pretos é 49,6% maior do que a de brancos”, ressaltou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, acrescentando também que a taxa de desocupação dos autodeclarados pardos foi 37,4% superior à dos brancos.

Entre as mulheres, a taxa de desemprego foi de 16,4% no quarto trimestre de 2020, 37,8% superior à taxa de desocupação de 11,9% dos homens.

“Ao longo do ano, a taxa de desocupação cresceu para todo mundo, tanto para homens quanto para mulheres, mas a taxa cai mais entre homens ao fim do ano do que entre mulheres”, explicou Adriana Beringuy.

O rendimento médio mensal dos trabalhadores homens ficou em R$ 2.724 no quarto trimestre de 2020, enquanto as mulheres recebiam apenas R$ 2.219.

Fonte: Terra

Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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