Duas Comissões Parlamentares de Inquérito devem ser instaladas, uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado, para investigar o rompimento da barragem em Brumadinho.
No Senado, a criação da CPI foi lida no plenário e os partidos já podem indicar os integrantes.
A comissão pode ser instalada na próxima semana e estabeleceu, como metas, identificar os responsáveis pelo desastre; as falhas dos órgãos fiscalizadores, além de descobrir os autores dos laudos técnicos que atestaram a segurança da barragem.
Outro objetivo é tomar providências para evitar novos acidentes.
Enquanto isso, na Câmara uma disputa pelo controle da CPI opõe de um lado, a deputada do PSL de São Paulo, Joice Helsseman, e do outro a bancada mineira na casa.
Autora do requerimento pedindo a CPI, Joice critica a relação de parlamentares de Minas Gerais com as mineradoras.
Citado na fala da deputada, o coordenador da bancada mineira, Fábio Ramalho, do MDB, defendeu que a CPI fique com parlamentares do estado.
Paralelo a essa disputa, o deputado Rogério Corrêa, do PT mineiro, tenta articular a criação da CPI mista de deputados e senadores.
O parlamentar diz contar com as assinaturas necessárias para unir as comissões das duas casas em uma só.
No plenário da Câmara, nesta quarta-feira (13), uma comissão geral debateu a tragédia de Brumadinho. Moradores, movimentos sociais, procuradores e bombeiros de Minas Gerais se pronunciaram.
A agricultora Soraia do Campos Nunes, lamentou que a comunidade não teve os pedidos emergenciais atendidos pela empresa Vale.
Entre os pedidos dos moradores está o reassentamento de agricultores afetados com os rejeitos da mineração.
A Vale não esteve presente.
Por Rádio EBC