Apenas em 2018, mais de 2.100 funcionários utilizaram o documento para se ausentarem da ocupação. Um programa de prevenção focado na área da saúde vai ser implantado
O número de servidores municipais que se afastaram de suas obrigações apresentando atestado médico fez com que a prefeitura de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, se mobilizasse. De acordo com um levantamento divulgado pela administração municipal, apenas neste ano, 2.123 funcionários usaram do documento para se ausentarem da ocupação. Entre causas mais comuns que levaram à apresentação do atestado médico, estão diarreias, dores na coluna e cirurgia.
O documento apontou que os dias não trabalhados somam 36 mil. Este número gerou aos cofres públicos um gasto de R$ 2,4 milhões, o que fez com que a prefeitura tomasse medidas junto ao departamento de Medicina do Trabalho. O Administrativo informou ainda que programas de prevenção serão implantados. Dentre as medidas, está a realização de exames periódicos e obrigatórios dos servidores efetivos.
O secretário municipal José Martins Coelho explicou que um novo sistema permite um acompanhamento mais aprofundado dos atestados. De acordo com ele, já no mês de julho, todo os sistema foi informatizado, o que permitiu acompanhar os atestados, dias perdidos, custos por servidor e o fornecimento de outros dados.
Dos atestados apresentados, 1.579 foram por licença de saúde e 435 para acompanhamento de tratamento médico. Deste total, 65% foram tirados por funcionários efetivos e 34% por contratados.
Área da saúde com mais atestados
O levantamento realizado pela prefeitura mostrou que a Secretaria Municipal de Saúde foi o setor em que mais atestados foram apresentados pelos servidores. A área é seguida pela Secretaria de Educação e Desenvolvimento Social.
Profissionais que mais apresentaram
Do total de atestados, os profissionais da Educação Básica lideram o ranking, com 263 casos em que a ferramenta foi utilizada, o que fez com que quase 3 mil dias fossem perdidos pelos servidores.
Em segundo lugar, aparecem os auxiliares de serviço, com 211 atestados apresentados em 2018 e mais de 3 mil dias de serviços perdidos.
Os agentes comunitários aparecem na terceira colocação, com 187 atestados contabilizados e ausência em pouco mais de 3 mil dias de trabalho.
G.R