Atividades turísticas, eventos, atrativos culturais e naturais estão permitidos em todas as ondas da terceira fase do plano; setores são considerados essenciais para a retomada econômica do Estado
O Governo de Minas publicou, nesta quinta-feira (21/1), no Diário Oficial de Minas Gerais, a deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19 nº 120, que atualiza os protocolos sanitários do Plano Minas Consciente e, com isso, passa a permitir o funcionamento de atividades turísticas, eventos, atrativos culturais e naturais em todas as ondas de restrição das atividades socioeconômicas. Assim, parques, museus, bibliotecas, bares, restaurantes, igrejas, reservas ecológicas, zoológicos, unidades de conservação, galerias e outros equipamentos turísticos e culturais podem voltar a receber turistas e visitantes.
A nova fase do Minas Consciente é considerada uma conquista para a retomada dos setores do Turismo e da Cultura, uns dos mais afetados pela crise causada pela pandemia de Covid-19. Com a permissão das atividades nas três ondas, respeitadas as medidas restritivas de cada uma delas e protocolos sanitários gerais, as cadeias produtivas dos dois segmentos em Minas Gerais terão a oportunidade de contribuir para alavancar a recuperação econômica não só do setor, mas de todo o estado.
“A Cultura e o Turismo têm papel essencial nesse cenário de retomada econômica. O Minas Consciente libera a abertura dos espaços culturais e o funcionamento dos serviços turísticos em todos os municípios que aderiram ao Plano, obedecidos os protocolos necessários. Isso significa que, com segurança, retomaremos as atividades de forma gradual, para que seja possível recuperar também, de forma efetiva, vários serviços que compõem essas cadeias e, consequentemente, os empregos a eles atrelados, gerando renda para a população de Minas Gerais nesse momento tão sofrido”, destaca Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo.
Relevância na economia
Dados do Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG) mostram que, em 2019, o faturamento do Turismo e da Cultura em Minas Gerais girou em torno de R$ 20,6 bilhões, o que mostra a importância dos setores para a economia do estado. Essa receita caiu drasticamente em 2020, em decorrência da pandemia, mas a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) buscou rapidamente articular-se e dialogar com poder público, entidades representativas do turismo e da cultura, sociedade civil, para buscar soluções dentro do quadro apresentado. Os setores começaram a apresentar sinais positivos – e progressivos – de recuperação ainda em 2020.
Um exemplo é o fluxo de passageiros nos aeroportos mineiros que, em abril de 2020, foi de 35.154 pessoas, e em dezembro do mesmo ano saltou para 671.285 embarques e desembarques – o melhor resultado do ano, de acordo com boletins do Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG). Ainda conforme relatórios do OTMG, no mês de setembro o setor turístico faturou mais de R$ 1 bilhão, o que representa 8,2% da receita turística de todo o país no mesmo mês.
Para Leônidas Oliveira, a inclusão de atividades culturais e turísticas nas três ondas da nova fase do Plano Minas Consciente mostra a preocupação do Governo de Minas junto a alguns dos setores mais prejudicados pela pandemia e que estão em busca de apoio e soluções para amenizar os efeitos sofridos com a crise. “Minas tem a Cultura e o Turismo como alternativa econômica para vários municípios, não somente naqueles destinos já consolidados como cidades históricas ou estâncias hidrominerais, ou ainda localidades onde o ponto forte é artesanato riquíssimo, por exemplo. Esta é uma oportunidade para que as cidades mineiras possam se planejar e organizar a retomada visto que o cenário para Minas é favorável: integramos o ranking internacional dos 10 principais destinos mais acolhedores do mundo. Nosso jeito de receber, a cozinha mineira – alimento não só para o corpo, mas para a alma – o patrimônio histórico e a natureza exuberante são capazes de transformar realidade econômicas e nós apostamos nisso, esse é o foco do Governo de Minas e da Secult”, argumenta o secretário.
Volta de atividades culturais e turísticas
Os atrativos naturais, equipamentos culturais e eventos poderão ocorrer em todos os municípios que aderiram ao Minas Consciente, independente da onda, mas com restrições e ampliação gradativa do atendimento. Na onda vermelha, por exemplo, são permitidos eventos para até 30 pessoas, com 10 m2 de distanciamento; na onda verde, o máximo são 250 pessoas com 4 m2 de distanciamento, além do uso de máscaras e demais medidas conhecidas. Em relação aos hotéis e atrativos culturais e naturais, na onda vermelha é permitido atingir 50% da ocupação; na onda amarela, 75%; na onda verde, 100%.
De acordo com a diretora do Sindicato de Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras e Congressos de Minas Gerais (Sindiprom-MG) e da Associação dos Profissionais, Serviços para Casamentos e Eventos Sociais de Minas Gerais (Abrafesta-MG), Karla Delfim, o setor de eventos corporativos recebe a notícia com esperança. “Sabemos que não poderemos realizar grandes eventos tão cedo, mas já é um respiro para começarmos a caminhar. Mesmo na onda vermelha, poderemos realizar pequenos workshops, treinamentos e reuniões. É o início de uma importante retomada e faremos de tudo para que ela seja mais segura e confiável possível”, afirmou Karla.
Conheça e entenda detalhes da nova fase do Plano Minas Consciente AQUI.
Com colaboração da Secult-MG