Cruzeiro busca equilíbrio para contratar bons reforços
Mapear bons jogadores sem a necessidade de inflar a folha salarial (atualmente na casa de R$ 3 milhões). Esse é o desafio do Cruzeiro na busca por reforços visando ao principal objetivo na temporada, o acesso da Série B para a A. Em participação neste domingo no programa Mesa Redonda, da Rádio Itatiaia, o técnico Enderson Moreira apresentou um discurso de compreensão à delicada realidade financeira do clube, cuja dívida total supera R$ 800 milhões. Como exemplo, citou as saídas do lateral-direito Edilson e do meia Robinho, atletas experientes que faziam parte dos planos da comissão técnica, mas com remunerações muito acima das possibilidades de uma equipe da segunda divisão.
Enderson diz que os torcedores cruzeirenses esperam uma equipe tecnicamente qualificada e com a proposta de sempre jogar para frente. Baseado no desejo dos aficionados do clube, o comandante foca tanto na procura por contratações quanto na recuperação de atletas que ainda não emplacaram boas atuações com a camisa azul.
“Estamos buscando no mercado. Talvez a gente não consiga fazer tantos investimentos em termos de compras, mas estamos com a cabeça muito clara do que precisamos neste momento. Estou apostando muito que quando conseguirmos dar padrão à equipe, essa forma de jogar, e os jogadores compreenderem isso, teremos uma transformação enorme de muitos atletas que talvez o torcedor tenha na cabeça que não dá para o Cruzeiro. Ele pode ter opinião contrária nesse retorno. É a minha expectativa, é o que penso. Mas não abrimos mão de buscar atletas com boa qualidade que representem bem a história do clube”.
Panela
Em processo de recuperação após passar por cirurgia no joelho direito, o zagueiro Dedé disse que não houve ‘panela’ com Edilson e Thiago Neves no ano passado, quando o Cruzeiro caiu para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
Em setembro do ano passado, o descontentamento dos jogadores mais experientes, em especial Thiago Neves, Edilson e Dedé, culminou na saída do técnico Rogério Ceni do Cruzeiro. Com apoio dos atletas, a diretoria trouxe Abel Braga, que não conseguiu dar um rumo ao time. Ele deixou o cargo poucos antes do término do Brasileiro. Adilson Batista chegou, e a queda para a Série B se consumou.
Outros jogadores tiveram percepção distinta do que ocorreu no ano passado. Para o lateral-direito Weverton, hoje no Red Bull Bragantino, os atletas com mais bagagem apresentavam um comportamento diferenciado com os jovens vindos da base. “Os jogadores ‘cobras’ não conversavam as coisas perto dos jogadores da base, conversavam mais entre eles, mais reservado”, contou o lateral, expondo a divisão no elenco.
Informações Superesportes
Postado originalmente por: Manhuaçu News