Críticas aos tucanos e discurso de “golpe” marcam ato público da campanha de Lula em MG

Durante o evento, a cúpula petista teceu críticas aos candidatos do PSDB e mostrou confiança na candidatura de Lula


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Nomes importantes da legenda estiveram presentes, como Fernando Pimentel, Dilma Roussef, Fernando Haddad e Manuela d’Ávila (Foto: Ana Trajano)

O PT realizou, na noite dessa terça-feira (28), o lançamento da campanha à presidência da República de Luíz Inácio Lula da Silva e seu vice, Fernando Haddad, em Minas Gerais. O evento aconteceu no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Também estiveram presentes importantes nomes da legenda, como o atual governador do estado e candidato a reeleição, Fernando Pimentel, a ex-presidente e postulante ao Senado Dilma Rousseff e a deputada estadual Manuela d’Ávila (PCdoB), além de outros candidatos da legenda.

De acordo com informações divulgadas pelo PT, mais de cinco mil mineiros participaram do palanque, que foi montado em uma praça da capital. No encontro, Manuela d’Ávila, que é quem assume a vaga de vice caso o Lula não possa concorrer,  criticou o tempo da campanha que será mais curto neste ano. “Restam apenas quarenta dias e, por isso, cada militante terá um papel importantíssimo de levar a nossa mensagem a cada canto do país”, disse.

A mineira Dilma Rousseff ressaltou que saiu do estado porque “foi forçada pela luta contra a ditadura e, agora, está de volta para lutar contra mais um golpe de estado contra o povo brasileiro”.

O governador Fernando Pimentel lembrou que “Minas Gerais é a mais importante trincheira de resistência ao golpe, pela importância econômica e eleitoral do estado”. Ele lembrou que, por ser um dos estados decisivos nas próximas eleições, “Minas sofre ataques permanentes do governo Temer, que, em conluio com Aécio e Anastasia, procura sabotar o governo mineiro de todas as formas”.

O vice de Lula e seu sucessor caso Lula não possa concorrer, Fernando Haddad, terminou o comício afirmando que “Lula foi o governante que mais veio a Minas Gerais e os mineiros souberam reconhecer a atuação do presidente pelo estado – tanto que Dilma venceu as eleições nas duas vezes em que disputou, sendo a segunda delas contra Aécio Neves”. Haddad recorda que quando a ex-presidente foi eleita, começaram a desestabilizar as instituições brasileiras, uma oposição, que segundo ele, seria liderada por Aécio Neves. Ele concluiu dizendo: “Nunca imaginei que o neto do chamado mártir da democracia (Tancredo Neves) atentaria contra a própria democracia. E o parceiro nesse atentado tem um nome: Anastasia”.

Haddad também disse ter certeza de que a Justiça vai acatar determinação do Comitê dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) para que o país libere a candidatura de Lula. “Não é pouca coisa a ONU dizer isso”, afirmou, lembrando que o Brasil é signatário de vários tratados internacionais. Segundo Fernando Haddad, a orientação da ONU reforça a defesa da indicação de Lula para o cargo.

Lula candidato 

A decisão se o ex-presidente Lula será ou não candidato está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde que o pedido de registro da candidatura do petista foi apresentado, pelo menos sete impugnações foram registradas por outros partidos políticos e o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradora Geral da República (PGR), Raquel Dodge.

Condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão, Lula é considerado inelegível, segundo a Lei Ficha Limpa. A decisão do TSE tem prazo final para o dia 17 de setembro. Este também é o tempo limite para que as legendas troquem seus candidatos. O veredito, no entanto, deve sair já nos primeiros dias do mês.

G.R

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