Decreto limita comércio de BH a hipermercados, açougues, mercearias, sacolões, farmácias e lojas de material de construção a partir de hoje
Belo Horizonte endurece as restrições à circulação de pessoas já a partir de hoje. Todos os serviços não essenciais da capital estão proibidos de funcionar. A medida foi anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) pelo Twitter e está contida em decreto assinado por ele na tarde de ontem. “É muito sério. Todos os estabelecimentos não essenciais estarão fechados por decreto amanhã (hoje). Quem não está entre os serviços essenciais não deve ir trabalhar”, postou.
O decreto 17.328/2020 permite a continuidade do funcionamento de uma série de estabelecimentos. O documento prevê sanções penais, administrativas e civis aos que descumprirem as regras.
Podem funcionar em BH
- Supermercados
- Hipermercados
- Padarias
- Farmácias
- Sacolões
- Mercearias
- Hortifrutis
- Armazéns
- Açougues
- Postos de combustível
- Laboratórios
- Clínicas
- Hospitais
- Óticas
- Lojas de material de construção civil
- Agências bancárias
- Correios e lotéricas – incluindo as unidades que funcionem no interior de shoppings centers, centros de comércio e galerias, mas desde que adotadas as medidas de segurança estabelecidas pelas autoridades de saúde
Não podem funcionar em BH (alvarás suspensos por tempo indeterminado)
- Casas de shows e espetáculos de qualquer natureza
- Boates, danceterias, salões de dança
- Casas de festas e eventos
- Feiras, exposições, congressos e seminários
- Shoppings centers, centros de comércio e galerias de lojas
- Cinemas e teatros
- Clubes de serviço e de lazer
- Academia, centro de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico
- Clínicas de estética e salões de beleza
- Parques de diversão e parques temáticos
- Bares, restaurantes e lanchonetes
Também suspensas
- Autorizações para eventos em propriedades e logradouros públicos
- Autorizações de feiras em propriedade
- Autorizações para atividades de circos e parques de diversões
Com a chegada da Páscoa em período de pandemia do novo coronavírus, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) já havia anunciado que as lojas de chocolates só poderiam atender da porta para fora. “ Não é hora de comer chocolate, não. É hora de tentar comer arroz e feijão. Com todo o respeito, falar em chocolate agora é agredir a inteligência, agredir o coração da pobreza, da miséria, do aglomerado e da vila, principalmente do internado, do doente”, afirmou Kalil em entrevista coletiva na segunda.
Orla da Pampulha
No mesmo dia, Kalil havia divulgado outras ações, como o fechamento, aos pedestres, da orla da Lagoa da Pampulha. Apenas carros vão poder passar pela área. O prefeito anunciou, também, o fechamento da Praça da Assembleia, expediente adotado em outros equipamentos públicos da cidade, como as praças da Liberdade e JK.Segundo a Guarda Municipal, as restrições na Pampulha também começam a valer a partir de hoje.
Ontem, grades e cones começaram a ser instalados na orla da Lagoa da Pampulha ontem. A atitude foi tomada para impedir o acesso da população, que continuava se aglomerando no local mesmo com recomendações das autoridades sobre o isolamento social como forma de conter o avanço do novo coronavírus. De acordo com a Guarda Civil de Belo Horizonte, a restrição de acesso ao local começa a vigorar hoje. “Os agentes permanecerão de forma fixa no local ou por meio de rondas em viaturas”, informou o comandante Rodrigo Prates.
No último domingo, a orla da Lagoa da Pampulha, ponto turístico da capital mineira, teve intensa movimentação de pessoas. No dia seguinte, Kalil reagiu, decidindo que haveria restrição ao acesso nos 18 quilômetros da orla, com o auxílio da BHTrans. Apenas carros poderão circular na região. “O pessoal não entendeu que não estamos de férias e que é um ótimo dia para ficar em casa (…) Onde houver aglomerações, vamos tentar evitar (a circulação de pessoas)”, disse Kalil.
O prefeito afirmou ainda que as restrições vão durar “o tempo necessário” e apenas os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde podem determinar o fim da quarentena. “Colocamos o plano em prazo indeterminado, para não ficar nessa bobagem de: ‘decreta para lá, decreta para cá’. Eles (especialistas) é que estão no comando, eles é que decretarão o fim da pandemia”.
Postado originalmente por: Portal Sete