Conselho de Comunicação Social debate violência contra jornalistas; números são preocupantes

Há 25 anos, a Assembleia Geral da ONU definiu o dia três de maio como o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

Foi debatido na última segunda-feira (07) no Conselho de Comunicação Social (CCS) a violência contra jornalistas no Brasil. A audiência contou com a presença de profissionais de comunicação do país e com o coordenador de Comunicação e Informação da Unesco no Brasil, Adauto Soares.

O debate apresentou números alarmantes relacionados a crimes contra jornalistas. Nos últimos 12 anos, 38 jornalistas foram assassinados no país, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Segundo o estudo, apenas 10 dos crimes foram solucionados.

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Em 2016 o jornalista Caco Barcellos foi agredido durante cobertura de manifestação/ Reprodução: Globo

Participaram do debate a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Ana Dubeoux, diretora de redação do jornal Correio Brasiliense e a Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert).

Um estudo feito pela Abert disse que em 2017 houve 82 casos de violência não letal contra jornalistas. Um profissional de imprensa morreu. Os dados representa queda de 52% em relação à 2016. Mas, para o presidente da Abert, Paulo Tonet Camargo, a redução da violência não representa uma solução. “Não é alentador porque enquanto houver violência contra um jornalista que for não podemos tolerar. É um ataque à liberdade de imprensa” disse Tonet.

Há 25 anos, a Assembleia Geral da ONU definiu o dia três de maio como o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O objetivo é reforçar que os profissionais realizam suas funções para cumprir a tarefa de informar a população.

Murilo de Aragão, presidente do Conselho de Comunicação Social, afirmou que o comitê vai trabalhar para solucionar a violência contra jornalistas no Brasil.

A.W

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