Com o objetivo de apontar para uma possível fraude caso seus candidatos sejam derrotados nas eleições, muitos espalham notícias falsas sobre a urna eletrônica. O site do TSE esclareceu alguns mitos e verdades através do depoimento do Doutor Sergio Bernardinetti que foi juiz eleitoral.
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- As urnas são fabricadas pela Smartmatic, rejeitada em todo o mundo.
Não é verdade. São fabricadas pela Diebold e o software é desenvolvido pela Justiça Eleitoral. Tudo é plenamente auditável, disponível para quem quiser conferir.
- As urnas podem ser hackeadas. Vários especialistas já provaram isso, tendo conseguido alterar dados e imprimir resultados fraudulentos.
É verdade. Todo sistema está sujeito a falhas. Não existe sistema impenetrável. Contudo, isso foi feito sempre em ambiente controlado, com a urna em mãos, todo o tempo e recursos do mundo. Na vida real o hacker não tem acesso às urnas, nem antes e muito menos durante as eleições. Ou teria que romper lacres, acessando as urnas que ficam protegidas em salas-cofre da Justiça Eleitoral quando não estão em uso, ou teria que invadir seções de votação, contando com o silêncio e conivência de todos os envolvidos. E o que foi feito em uma urna teria que ser feito, pessoalmente, em dezenas de milhares de urnas. Mesmo assim, diante da adulteração de dados, os códigos criptográficos violados seriam detectados no momento da apuração. Além disso, cada vez que vulnerabilidades são descobertas elas são prontamente corrigidas. A cada dia que passa o sistema é tornado mais seguro.
- Só o Brasil, Cuba e Venezuela usam urnas eletrônicas.
São usadas em mais de trinta países para as eleições gerais. Dados facilmente pesquisáveis em sites confiáveis.
- Todos os países recusaram as urnas brasileiras.
As urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral nunca foram oferecidas a ninguém. A empresa que as fabrica pode vender similares para quem bem entender. O software, contudo, desenvolvido pela Justiça Eleitoral, nunca foi oferecido, o que, por consequência, impede que seja “recusado”. Cada país tem sua realidade, suas necessidades e sua “vontade política”. O custo de um sistema eletrônico é elevadíssimo. A maioria dos países não esta disposta a arcar com esse custo ou não tem a tecnologia necessária – ou sequer uma Justiça Eleitoral independente – para isso, ou simplesmente não tem essa necessidade.
- O sistema não permite auditoria.
Tanto permite que eu mesmo já fiz, duas vezes. É procedimento obrigatório antes da “cerimônia de lacração” como chamamos, quando os softwares são atualizados com os candidatos das eleições atuais e todas as conferências possíveis são feitas.
- Por que não é feita impressão do voto?
Para garantia do sigilo das votações e da total independência do eleitor. É o mesmo motivo pelo qual não é permitido entrar com telefones celulares ou câmeras fotográficas nos locais de votação. Isso tornaria muito fácil o eleitor corrupto comprovar a venda de seu voto e os candidatos corruptos promoverem “votos de cabresto”, obrigado determinadas comunidades a votar em determinado candidato, pois teriam como exigir que os eleitores comprovassem em quem votaram. É uma garantia da liberdade do eleitor. Não haveria esse problema, contudo, com a impressão do voto para mera conferência posterior, armazenado em urnas lacradas da Justiça Eleitoral, sem contato com o eleitor, como foi previsto na última reforma eleitoral. É um custo alto, porém, foi a escolha do legislador. Dando aqui uma opinião, o que prometi não fazer: acho desnecessário, mas não vejo problema. Acho até bom, para sepultar de vez qualquer dúvida sobre o resultado.
- A votação é alterada quando chega nos computadores da Justiça Eleitoral.
Ok, e como fazer com os boletins de urna, impressos logo após o término da votação, muito antes dos pen drives serem levados para a apuração? Nunca houve uma incongruência de dados. Sempre bateram 100%.
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