Comissão discute impactos de eventual privatização da Copasa

Comissão discute impactos de eventual privatização da Copasa

As consequências de uma possível privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para as populações atendidas no Estado volta a ser tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Nesta quarta-feira (2/12/20), a Comissão de Administração Pública pretende reunir governo, Copasa e sindicalistas para avaliar os impactos da venda e, ainda, a situação dos trabalhadores da empresa. A reunião será às 14 horas, no Plenarinho IV.

“A minha expectativa é debater as consequências de uma possível privatização, que vem sendo anunciada pelo governo, para a população e para os trabalhadores”, reforça a deputada Beatriz Cerqueira (PT), autora do requerimento de audiência.

De acordo com informações repassadas pelo gabinete da parlamentar, a Copasa atua em 642 municípios, chegando a 11.553 milhões de pessoas atendidas com o fornecimento de água e 8.194 milhões com tratamento de esgoto. A Copasa e sua subsidiária, a Copanor, somam cerca de 12 mil trabalhadores.

Estudos – A privatização da Copasa já foi defendida publicamente pelo governador Romeu Zema, que autorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a realizar um estudo sobre a melhor alternativa para a venda da companhia.

A venda de estatais também é uma exigência do governo federal para que os estados façam adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Em Minas, porém, a Constituição exige que a venda dessas empresas passe por referendo popular e pela aprovação de 3/5 dos deputados estaduais.

Representantes do sindicato que reúne trabalhadores da Copasa (Sindágua) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) já confirmaram presença e vão defender, justamente, a necessidade de plebiscito para a privatização.

Outras audiências na Assembleia já trataram da privatização de estatais, entre as quais reuniões realizadas pelas Comissões de Direitos Humanos e do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social.

*As informações são da ALMG.

Foto: Daniel Protzner/ALMG



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