Centro Socioeducativo de Divinópolis inicia produção de máscaras laváveis

Assim como outras unidades socioeducativas do Estado, o Centro Socioeducativo de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, deu início, na última semana, à produção de máscaras laváveis para auxiliar no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. A princípio três adolescentes estão na linha de frente de produção, mas a ideia é que esse número seja ampliado nos próximos dias. As máscaras são feitas de tecido 100% algodão, enviado pelo almoxarifado central da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

A agente de segurança socioeducativo Adriane Fonseca é a monitora na fabricação das máscaras em Divinópolis. A unidade já realizava uma oficina de costura com os jovens e viu, neste momento de pandemia, a oportunidade para contribuir com o enfrentamento à Covid-19. De acordo com Adriane, os adolescentes se mostraram interessados e compreenderam a necessidade de ajudar. “Levamos a ideia e ela foi super aceita pelos adolescentes. Conversamos sobre a importância da prevenção e de como seria relevante a nossa dedicação na produção, e eles se entregaram. Tem jovem que já quer conhecer como é a rotina em uma fábrica de costura de verdade e pensa em levar o ofício para a vida”, conta.

A unidade chega a produzir 80 máscaras por dia. Com mais adolescentes na empreitada, esse número deve ganhar um aumento considerável. A produção está sendo destinada, primeiramente, aos servidores da própria unidade, fornecedores que precisam entrar em suas dependências e adolescentes acautelados. Cada servidor recebe três máscaras para uso pessoal. Após a distribuição na unidade, o restante é enviado para o núcleo gerencial da Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo (Suase), para que possa ser encaminhado para outras unidades do Estado que ainda não produzem os itens de proteção.

A diretora de Educação e Formação Educacional, Profissional, Esporte, Cultura e Lazer da Suase, Poliane Inácia da Silva, explica que, diferentemente da produção no sistema prisional, as atividades no sistema socioeducativo não podem ter os mesmos moldes de uma linha de produção ou o ritmo de uma fábrica, já que são necessários alguns cuidados específicos com os adolescentes no que se refere ao trabalho desenvolvido. “Chamamos de trabalho educativo, que nada mais é do que uma atividade laboral em que exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do jovem prevalecem sobre o aspecto produtivo. Não deixando de lado, é claro, a qualidade do produto entregue”, detalha.

Além de Divinópolis, já há produção de máscaras de proteção à Covid-19 também nos Centros Socioeducativos São Jerônimo, Santa Terezinha e Santa Clara, em Belo Horizonte, e no Centro Socioeducativo de Sete Lagoas. Este último está produzindo máscaras descartáveis também. Já as unidades socioeducativas de Unaí, Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas e Patrocínio estão se organizando para iniciar a produção das máscaras laváveis nos próximos dias.

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Postado originalmente por: Minas AM/FM

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