Projetos captados receberão recursos para desenvolver ações em diferentes setores da sociedade
A Cemig publicou, na última quinta-feira (19/09), o edital do 1º processo de captação de projetos de inovação com foco em eficiência energética. Realizada pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da companhia, que é regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A iniciativa foi anunciada hoje durante o 20° Congresso Brasileiro de Eficiência Energética COBEE – em São Paulo. O edital vai proporcionar a oportunidade de a sociedade colocar em prática projetos-pilotos que irão beneficiar as cidades e negócios com a implantação de soluções inéditas de eficiência energética.
Conforme explica o engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Matheus Herzog, o processo seletivo tem como objetivo fomentar projetos, tecnologias e soluções inovadoras para que se tornem uma realidade e possam se integrar às ações de eficiência energética já existentes e amplamente difundidas, proporcionando novos meios de reduzir o desperdício de energia em toda sociedade.
Esses projetos propostos devem ser capazes de responder a uma questão-chave: como atender ao aumento da demanda de energia de uma forma sustentável.
“É urgente pensar na redução do desperdício de energia nos diversos setores, sejam nas cidades ou na atividade rural. E esse novo processo de captação de projetos é a uma das formas que trabalhamos no Programa de Eficiência Energética da Cemig para ampliar e tornar democrático o acesso a recursos que irão culminar em ações efetivas para esse fim”, afirma Herzog.
Desafios propostos
Pensando na diversidade de setores que podem ser beneficiados com a implantação de projetos, o edital prevê desafios organizados com base no potencial de eficiência energética e tecnologias emergentes. Além disso, o documento foca nas demandas estratégicas da Cemig e do estado de Minas Gerais, sendo eles: cidades eficientes, edificações eficientes, indústria eficiente, agronegócio eficiente, vilas e comunidades eficientes, sistemas de saneamento eficientes, iluminação pública eficiente, gestão eficiente da energia e educação em eficiência energética.
Entre as diferentes propostas esperadas, estão a implantação de tecnologias modernas em cidades, prédios, indústrias, empresas de saneamento e residências em substituição a outras obsoletas; ações educacionais ou metodologias de conscientização sobre o uso sustentável da energia; tecnologias de gestão energética sistemas de automação; iniciativas de arquitetura bioclimática; fontes alternativas de energia e armazenamento; telegestão da iluminação pública; entre outros.
Ainda com foco no agronegócio, estão previstas a aplicação de tecnologias de automatização, digitalização e eletrificação, além da implantação de sistemas de armazenamento de energia, sensores, fontes alternativas, sistemas eficientes de irrigação, estufas e armazéns inteligentes, sistemas de refrigeração e ventilação, sistemas de estocagem, por exemplo.
Prazo para inscrição de projetos
O prazo para submissão das propostas vai até 18 de dezembro. Os resultados serão divulgados até 30 de janeiro do próximo ano. Os interessados poderão consultar o regulamento e seus anexos no site do Inova Cemig.
Programa de Eficiência Energética
Os Desafios de Inovação em Eficiência Energética fazem parte do Programa de Eficiência Energética da Cemig. Assim como no caso desse processo seletivo, o objetivo do Programa é promover o uso sustentável da energia elétrica e melhorias na qualidade de vida dos mineiros, principalmente nos tempos atuais, em que as mudanças climáticas trazem cada vez mais desafios à humanidade. Em mais de 25 anos de existência, o PEE da Cemig já investiu mais de R$ 1 bilhão e promoveu ações em todos os 774 municípios da área de concessão da companhia.
Para se ter uma ideia da relevância do Programa, em todo esse tempo ele já foi responsável pela economia de 7.423 giga whats-hora (GWh), energia suficiente para abastecer, durante um ano, cerca de 3,5 milhões de clientes. Outro dado importante é que, no período de 25 anos, a companhia contribuiu para que 520 mil toneladas de CO2 não fossem liberadas na atmosfera. Em uma leitura mais prática, o valor é equivalente ao carbono absorvido por 3,7 milhões de árvores da mata atlântica em 20 anos.