Cem anos do rádio no Brasil: rádio e saúde mental

Além de veicular informação, entretenimento, cultura e arte, a  rádio também pode ser um meio terapêutico, de conscientização social e de luta por direitos.

É o caso de diversas rádios brasileiras criadas e administradas por pessoas com sofrimento mental, com foco na voz de pessoas pouco ouvidas pela sociedade.

A pioneira, ao lidar com a radiodifusão e a saúde mental no Brasil, foi a Rádio Tam Tam, localizada na baixada santista.

Criada em 1989, na antiga Casa de Saúde Anchieta, a Tam Tam foi essencial na luta antimanicomial e fez com que a instituição, antes conhecida como casa de horrores, fosse reformada com um projeto mais inclusivo e humanista.

O projeto foi muito além da antiga casa de saúde, e foi transmitido em diversas frequências am e fm em Santos. Além disso, a rádio deu início ao projeto Tam Tam, ong que é referência na educação artística de pessoas diagnosticadas com transtornos psiquiátricos.

A partir da Tam Tam, diversos modelos de rádio por pessoas com sofrimento mental surgiram pelo país. Outro projeto de destaque é o programa Louca Sintonia, criado por alunos e professores da UFMG em 2014.

Projetos como a Rádio Tam Tam, a Louca Sintonia, ou a Maluco Beleza, reforçam o potencial da produção radiofônica como ferramenta social e humanística, indo muito além de um simples meio de comunicação em que um fala e o outro escuta.

As informações são da Agência Brasil.

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