Cem anos do rádio no Brasil: os programas para crianças

“Bôa tia Joanna, pela presente venho comunicar-lhe que no dia 30 de outubro findo ouvi, com muita atenção, a sua história de Thiel o Sábio, e muito a apreciei”

Assim começava a carta de uma ouvinte de apenas 8 anos de idade, escrita no ano de 1924, endereçada à uma das apresentadoras do quarto de hora infantil da pioneira Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

Programas radiofônicos dedicados às crianças foram comuns em muitas emissoras de rádio brasileiro até pelo menos a década de 1960. Nessas décadas, a linha editorial desses programas acompanhou as mudanças e transformações do veículo: começando com propósitos estritamente educativos e, aos poucos, deixando o entretenimento tomar conta.

Histórias, músicas e também programas de calouros mirins foram a tônica da programação infantil no rádio das décadas de 1940 a 1960.

Os programas infantis começaram a escassear no rádio brasileiro quando o veículo precisou se reinventar e reduzir custos com a chegada da TV. As emissoras comerciais deixaram de produzir conteúdos para crianças. Pauta que ficou restrita à emissoras educativas, caso da Rádio MEC ou a Rádio da Universidade Federal de Minas Gerais, que promoveram e promovem programas de excelência como o Rádio Maluca.

A chegada da internet e o barateamento de custos de produção trazidos pelas novas tecnologias vem mudado o cenário das produções radiofônicas infantis, promovendo o surgimento de produções que encantam crianças de todas as idades. Caso da Rádio Matraquinha, da cordelista e compositora Mariane Bigio.

Outra produção radiofônica de excelência, feita para crianças, e disponível na internet é o premiado Maritaca da jornalista Mariana Piza.

As informações são da Agência Brasil.

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