O Tribunal de Justiça de Minas Gerais deve publicar, na próxima semana, uma decisão que levaria a formação de um novo julgamento do caso da morte do jovem Matheus Goldoni, 18 anos, o de maior repercussão e duração na história de Juiz de Fora, com mais de 4 dias de debates. O corpo de Matheus foi encontrado há quase 5 anos na Cachoeira do Vale do Ipê, três dias depois de ter sido visto pela última vez no entorno da boate Privilège, na Estrada Engenheiro Gentil Forn, na Cidade Alta. A decisão do Tribunal anula o julgamento. A informação é do jornalista Ricardo Ribeiro, da Rádio CBN Juiz de Fora.
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O Conselho de Sentença, composto por sete jurados, decidiu, na época, pela condenação dos réus que trabalhavam como seguranças da casa noturna na noite em que o jovem esteve no local, Adelino Batista da Silva e Aroldo Brandão Júnior, pelo crime de homicídio. Eles foram condenados a 18 anos de reclusão em regime fechado. O gerente operacional da boate à época dos fatos, Fabrício Teixeira da Silva, foi condenado a dois anos de detenção em regime aberto por homicídio culposo, sendo a pena convertida em serviços comunitários, ficando ainda proibido, temporariamente, de ser gerente operacional de casa noturna e segurança durante o período da pena. Por último, o réu Marco Aurélio de Oliveira, ex-segurança do Privilège que teria dado carona a um dos seguranças para que ele alcançasse Matheus, foi absolvido.
No entanto, os desembargadores da 4ª Câmara do Tribunal de Justiça de Minas decidiram, por unanimidade, que a condenação dos seguranças foi manifestamente contrária à prova dos autos, anulando o julgamento, de forma que os dois acusados devem ser submetidos a um novo júri ainda sem data definida. A decisão acolhe o pedido do advogado dos réus, Ricardo Fortuna, que apresentou o recurso, mas por hora preferiu não se manifestar até que o acordão seja publicado. Ainda cabe recurso sobre a decisão no Superior Tribunal de Justiça.
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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
