Nenhum voto favorável a cassação do mandato foi registrado pelos parlamentares
Em votação realizada na manhã desta quinta-feira (9), a Câmara de Belo Horizonte decidiu absolver o vereador Wellington Magalhães no processo de cassação do seu mandato. Foram 23 votos a favor do parlamentar, 15 abstenções e nenhum voto contra. O ex-presidente do Legislativo da capital estava em prisão monitorada, sob acompanhamento de tornozeleiras elétricas. Afastado do cargo, ele continuou recebendo os salários mensalmente.
Para que o processo de cassação do mandato tivesse prosseguimento, eram necessários, pelo menos, 28 votos dos parlamentares. A defesa do candidato não gastou nem metade do tempo que poderia utilizar. Foi alegado que o prejuízo à administração pública é inferior ao valor alegado e que o montante teria sido gasto com a imprensa.
Wellington Magalhães é acusado de desviar recursos públicos na época em que ficou à frente da Câmara dos Vereadores. O esquema envolveria licitações fraudulentas que, segundo o Ministério Público de Minas Gerais, teriam causado prejuízos de mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos.
Na época da sua prisão, em abril deste ano, o vereador ficou foragido por uma semana até que finalmente se entregou à Polícia Civil. A atitude do político era encarada pelos relatores do processo de cassação do mandato como quebra do decoro parlamentar.
G.R