Um dos setores mais afetados pelas medidas de restrição impostas para combater o coronavírus, o comércio aposta numa reação forte das vendas este mês. De acordo com a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday de 2020 deve movimentar R$ 3,74 bilhões e registrar o maior fluxo financeiro desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010. Caso a expectativa se confirme, o faturamento com a sexta-feira de promoções apresentará crescimento de 6% (1,8% em termos reais) em relação à Black Friday do ano passado.
A adesão dos principais ramos do varejo à data aconteceu de forma gradual, ao longo da última década. Em 2010, apenas os segmentos de móveis e eletrodomésticos, livrarias, papelarias, lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos estavam envolvidos com a Black Friday. Já no ano seguinte, a data contou com a participação de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos. Em 2012, foi a vez de hipermercados, lojas de informática e comunicação. Já o setor de vestuário e acessórios aderiu, de maneira significativa, a partir da edição de 2017.
A facilidade de comparar os preços on-line, em uma data caracterizada pelo forte apelo às promoções, mostra a tendência de aumento expressivo deste evento no calendário do varejo, quando comparado aos demais, especialmente, nos espaços virtuais. Assim, a Black Friday já é a quinta data mais importante para o setor, ficando atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Receita
De acordo com dados da Receita Federal, o volume de vendas no comércio eletrônico tem aumentado muito nos últimos meses. De março a setembro, o faturamento do e-commerce cresceu 45% em termos reais quando comparado ao mesmo período do ano passado. A quantidade de pedidos no varejo eletrônico, medida por meio das notas fiscais eletrônicas emitidas pelos estabelecimentos do e-commerce, mais que dobrou no mesmo período, com crescimento de 110%.
Mais do que em qualquer outra edição, a sexta-feira de promoções deve expor a diferença de desempenho entre as lojas físicas e as on-line. A CNC projeta avanço real de 61,4% nas vendas on-line em relação à Black Friday de 2019. As lojas físicas, por sua vez, devem mostrar avanço de apenas 1,1% em comparação à data do ano passado.
Os produtos com as maiores chances de descontos efetivos e suas respectivas variações de preços nos últimos 40 dias, pela ordem, são: consoles de videogame (queda de 19%); notebooks (-17%); games para computador pessoal (-14%); calças masculinas (-13%) e aspiradores de pó (-11%). Por outro lado, as chances de descontos efetivos em bicicletas (+22%) e colchões (21%), por exemplo, são mais reduzidas.
Fonte: Estado de Minas
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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro