Avanço do setor de serviços é maior em Minas Gerais

Em maio, foi registrado crescimento de 3,3%, de acordo com o IBGE

O setor de serviços em Minas Gerais avançou 3,3% em maio, frente ao mês anterior. O resultado ficou bem acima da média nacional no período, que atingiu 0,9%. O setor vem evoluindo exponencialmente no Estado e, desde março, quando cresceu 6,6%, mostra níveis superiores ao do período pré-pandemia. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

No acumulado entre janeiro e maio, Minas Gerais apresentou um avanço de 8,3% (três taxas positivas e duas negativas), enquanto no Brasil o crescimento do volume de serviços foi de 1,6%.

Com esses resultados, o setor de serviços em Minas ficou 22,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. “Podemos dizer que o setor não está mais apenas se recuperando em relação a um período difícil como foi o primeiro semestre de 2021. Ele está crescendo e em níveis expressivos”, aponta o analista de Informações do IBGE, Daniel Dutra.

Em Minas, a atividade que mais cresceu foi a de serviços prestados às famílias, que, na comparação com maio de 2022, teve um incremento de 46,5%. O segmento é um grupo de atividades que inclui hotéis, restaurantes, academias de ginástica e salões de beleza, entre outros, que, não por acaso, foram os que sofreram maior impacto nos momentos de maiores restrições da pandemia.

No País, as áreas que mais avançaram entre abril e maio foram as de tecnologia da informação e o transporte de cargas. Não é possível replicar esta análise em nível regional, já que a PMS não tem um recorte mensal por Estado. “Mas pelo peso que Minas tem na economia nacional, nós podemos supor que estes serviços tiveram uma participação expressiva no aumento de 3,3% do volume de serviços no Estado”, observa Dutra.

Segundo o analista, o transporte de cargas atende, em especial, à demanda do comércio eletrônico e do setor agropecuário, categorias que operam acima do nível pré-pandemia. “Já as empresas de tecnologia da informação, como as de desenvolvimento de aplicativos e as ferramentas de busca na internet, se desenvolveram demais durante a pandemia e continuam aproveitando a demanda por parte das empresas”, observa.

“É um reflexo das mudanças no nosso modo de viver e trabalhar, que se refletiram na evolução desses setores”, acrescenta.

Segundo a PMS, na comparação com o mês anterior, 16 das 27 unidades da Federação apresentaram expansão. Destaque para as maiores contribuições positivas vindas de São Paulo (0,6%) e de Minas Gerais (3,3%), seguidos por Santa Catarina (3,3%), Mato Grosso do Sul (5,3%) e Amazonas (3,7%). Pernambuco, com -3,1%, liderou as perdas do setor em maio.

Crescimento em 12 meses

Nos últimos 12 meses, em Minas Gerais, foram 7 taxas positivas e 5 taxas negativas – as primeiras foram mais expressivas, o que resultou em um avanço de 13,6%. Nos últimos seis meses foram 2 taxas negativas e 4 positivas, com um avanço de 11,8%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, 26 das 27 UFs apresentaram taxas positivas, com destaque para São Paulo (11,1%), seguido por Minas (15,0%) e Rio Grande do Sul (14,8%). Em contrapartida, o Distrito Federal (-4,3%) teve o único resultado negativo do mês.

Na variação acumulada no ano (janeiro a maio), 26 das 27 UFs apresentaram taxas positivas, com destaque para São Paulo (11,0%), seguido por Minas (12,0%) e Rio Grande do Sul (15,5%). Em sentido oposto, Rondônia (- 1,0%) apontou o único resultado negativo.

Os resultados por atividades em Minas Gerais, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, apontam variações positivas do volume de serviços em 3 das 5 atividades investigadas, com destaque para serviços prestados às famílias (46,5%) e serviços profissionais e administrativos (31,2%).

A categoria Outros serviços (-33,8%) apresentou o único recuo, mantendo a tendência de baixa dos últimos meses. Nesta categoria, estão reunidos serviços como atividades de apoio à produção florestal, imobiliárias, consertos de automóveis, além de serviços financeiros auxiliares como administração de bolsas e corretoras de títulos e valores imobiliários.

As informações são do Diário do Comércio.

Foto: Filó Alves

Pesquisar