Auditoria do Ministério da Saúde apura compra de medicamentos por governos passados em Timóteo

DivulgaçãoInvestigação é um dos desdobramentos da CPI dos Medicamentos, apontou ''mau uso de recursos públicos para a aquisição de medicamentos''Uma equipe técnica do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), vinculado à Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) do Ministério da Saúde, realizou nesta semana uma auditoria em Timóteo. A auditoria é referente a aquisição de medicamentos e de material ambulatorial realizadas nos mandatos dos ex-prefeitos Geraldo Hilário e Adriano Alvarenga (interino). O levantamento, que ocorreu entre os dias 10 e 13, foi conduzido pelos auditores Adriana Lage Gonçalves Alves Almeida, Cidângelo Lemos Galvão Pena e Rafael José Pardini Seixas. A apuração se refere a dois processos: 025/2017 e 002/2018.A auditoria do Ministério da Saúde é um dos desdobramentos da CPI dos Medicamentos, instalada na Câmara de Vereadores de Timóteo no ano de 2018. O relatório final da comissão apontou “o mau uso de recursos públicos para a aquisição de medicamentos, incluindo o fato de que essa contratação ocorreu sob indícios de irregularidades”. O documento final da CPI foi encaminhado para diversos órgãos como Ministério Público Federal e Estadual, Polícia Federal, Tribunal de Contas, Ministério da Saúde, dentre outros.GastosAo longo desta semana os auditores solicitaram diversos documentos como pedidos de compras, autorizações de fornecimento, notas fiscais e também pagamentos efetuados no período mencionado. Eles também estiveram no almoxarifado e no Centro de Saúde João Otávio, no bairro Olaria.A diferença de valores praticados na aquisição de medicamentos na atual gestão da prefeitura em relação às anteriores, alvo da auditoria, chama a atenção. Para se ter uma ideia, entre os meses de janeiro e julho de 2018 (antes da posse da atual gestão da prefeitura que ocorreu no dia 13 de julho) os gastos com compra de medicamentos foram de R$ 2,9 milhões. Já no semestre subsequente, ou seja, de julho a dezembro, já sob a atual administração municipal, o valor caiu para R$ 600 mil para os mesmos itens. Essa economia se deve ao planejamento e gestão na compra de medicamentos por esta Administração municipal. Antes, as compras eram feitas junto a uma empresa terceirizada e agora os mesmos insumos são adquiridos por meio do Sistema Integrado de Assistência Farmacêutica (Sigaf) do governo do Estado, o que garante uma economia de até cinco vezes na aquisição de medicamentos.

Postado originalmente por: Diário do Aço

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