O índice de atividades turísticas cresceu 19,8% em junho deste ano, em comparação ao mês de maio, aponta a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. No entanto, se comparado ao mês de junho de 2019, o setor apresentou recuo de 58,6%. De acordo com o Ministério do Turismo, o aumento representa um respiro no segmento prejudicado pela pandemia.
Segundo estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entre março e julho deste ano, o setor amargou prejuízos de R$ 153,8 bilhões. O economista da entidade Fábio Bentes estima que o turismo brasileiro deve se recuperar apenas em 2022, ao contrário do comércio, que já vem reagindo à crise econômica.
“Pelo fato do setor turismo ofertar serviços não essenciais, a tendência é que essa seja uma das últimas atividades econômicas a se recuperar”, explica.
Turismo só deve voltar a faturar em 2022, afirma o economista Fábio Bentes, da CNC
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De acordo com a pesquisa do IBGE, o setor aéreo e os serviços de alojamento e alimentos cresceram 58,9% e 17,3%, respectivamente, em junho, o que contribuiu para a leve recuperação do Turismo. Prefeituras de importantes cidades turísticas, entre elas o Rio de Janeiro e Fortaleza, já permitiram a reabertura de bares e restaurantes com algumas restrições.
Em julho, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, registrou aumento de 52,6% no número de voos, em comparação ao mês anterior, totalizando 4.241 pousos e decolagens. Contudo, em julho de 2019 o terminal registrou 12.644 voos, o que representa uma diminuição de 83% em um ano.
A analista técnica de Turismo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Carla Feitosa, acredita que com o fim da pandemia o setor terá um aumento significativo. “Quando tudo passar, a sociedade vai querer visitar os seus parentes e voltar a sentir o sentimento de felicidade que só uma viagem pode possibilitar.”
Governo Federal
O levantamento do IBGE mostrou que Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul foram os estados com o aumento percentual no índice de atividades turísticas (elevação de 26,1%, 23,7% e 21,5%, respectivamente). O Ministério do Turismo alega que tem trabalhado desde o início da pandemia para evitar o desmonte no setor e afirma que, por meio de uma medida provisória, destinou R$ 5 bilhões para a área.
Fonte: Brasil 61