Associação Brasileira de Música Independente inicia pesquisa sobre o mercado de música brasileiro

A Associação Brasileira de Música Independente (ABMI), que atua com objetivo de integrar o país ao mercado mundial de música gravada, acaba de dar início a uma ampla pesquisa, com o objetivo de mapear o setor brasileiro da música independente. As informações serão coletadas por dois meses, em duas frentes: uma avaliação dos dados das principais plataformas de streaming, referentes a 2019, e entrevistas com 80 empresas – 70 associadas e 10 de fora da instituição.

Entre os temas que serão abordados na pesquisa qualitativa, estão o números de empregos gerados pelo setor, a quantidade anual de lançamentos e diversidade de gênero, além da  avaliação de tendências de mercado. Já a parte quantitativa será extraídos da análise de dados fornecidos por empresas como Spotify, Apple, YouTube e Google. Com o resultado, a ABMI espera indicar com clareza a participação dos artistas auto-produtores e empresas independentes no market share da música gravada no Brasil, além de identificar tendências, traçar metas e sugerir caminhos para políticas públicas.

“Estamos empolgados de anunciar essa iniciativa pioneira, que pode nos ajudar a compreender com maior profundidade o cenário da música independente no Brasil. A pesquisa será fundamental para orientar os profissionais da indústria de acordo com as novas tendências e fornecer os insumos necessários para fortalecer o posicionamento brasileiro frente ao mercado fonográfico internacional”, afirma Carlos Mills, Presidente da ABMI.

O cenário musical independente tem crescido e ganhado cada vez mais espaço, principalmente a partir da internet. O relatório Wintel 2018, realizado pela Worldwide Independent Network (WIN), identificou que os independentes representavam 39.9% do mercado de música gravada no mundo. Para aproximar esses dados do universo brasileiro, a ABMI vai acompanhar, ainda mais de perto, o desempenho do setor através da pesquisa.

O estudo será coordenado pelo músico, economista e pesquisador Léo Morel e contará com a participação das empresas Chartmetric e LV Pesquisa. A iniciativa tem o apoio da WIN e do MERLIN.

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