Bruna LageNa Comarca Eleitoral de Ipatinga, a previsão é que a preparação das urnas ocorra entre os dias 31 de outubro a 4 de novembroEstá programada para a próxima sexta-feira (16), às 18h, a Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais, que será realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa é mais uma etapa do ciclo de preparação para as eleições municipais, que ocorrerão nos dias 15 (primeiro turno) e 29 em novembro (segundo turno, nos municípios em que for necessário). A será cerimônia será transmitida pelo canal da Justiça Eleitoral no YouTube.O foco do evento é a confiabilidade do processo, para garantir ao eleitor que, no momento em que o voto é registrado na urna, seja computado de forma totalmente segura. Nessa fase, são assinados e lacrados os programas relacionados ao Sistema Transportador – que transmite os dados registrados nas urnas eletrônicas ao mecanismo de totalização de votos dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s) – e ao conjunto de softwares do ecossistema da urna eletrônica que serão utilizados nas Eleições Municipais 2020.Preparação das urnas Após esse processo, será possível realizar a preparação das urnas nos cartórios. O chefe da 131ª Zona Eleitoral da Comarca de Ipatinga, Leonardo Souza, informou ao Diário do Aço que a previsão é que a transferência dos dados oficiais para os cartões de memória, que depois serão inseridos nas urnas eletrônicas, ocorra entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro. Depois desse processo que as urnas estarão prontas para receber os votos dos eleitores mineiros para prefeito e vereador.Compilação dos programas Nesta terça-feira (13), já teve início a compilação dos programas computacionais do sistema eletrônico de votação. O procedimento vai até o dia 16, às 18h, quando são assinados e lacrados. A ação é acompanhada por representantes das entidades fiscalizadoras, como partidos políticos e coligações, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público Eleitoral (MPE), do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF), da Controladoria-Geral da União, da Polícia Federal, da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Tribunal de Contas da União (TCU), das Forças Armadas, e de entidades privadas brasileiras, sem fins lucrativos, com notória atuação em fiscalização e transparência da gestão pública e de departamentos de tecnologia da informação de universidades que comparecerem à cerimônia, de acordo com a Resolução 23.603 do TSE.Resumos digitais Na cerimônia, são gerados os resumos digitais (hashes) desses programas, que servem para confirmar que o programa assinado digitalmente é o mesmo a ser usado nas eleições. Os sistemas (fontes e executáveis) e os resumos digitais gerados, assinados digitalmente pelo presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, e pelas demais autoridades presentes, são gravados em mídia não regravável, assinados fisicamente pelas autoridades, lacrados e armazenados na sala cofre do Tribunal.IntegridadeA lacração nada mais é do que procedimento matemático que confere uma blindagem em todo o conjunto de sistemas, dando-lhes assim dois atributos: a autoria do TSE e a integridade. Assim, é possível ter certeza de que não houve nenhuma adulteração dos programas que foram desenvolvidos pela Justiça Eleitoral.Sistemas Todos os mais de 120 sistemas utilizados no processo eleitoral brasileiro são desenvolvidos pelos analistas da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE (STI), com a colaboração da equipe técnica dos tribunais regionais e, no fim do seu desenvolvimento, são lacrados e armazenados em cofre. Encerrada a cerimônia, os resumos digitais dos programas são publicados no portal do TSE para acesso e conferência a qualquer tempo.
Postado originalmente por: Diário do Aço